Garantia de emprego é possível em casos de fusão e aquisição

(São Paulo) A luta dos bancários pela garantia de emprego em caso de fusões e aquisições não é inédita e em outros países esta conquista está garantida por lei e acordos.Quando o próprio banco Santander adquiriu o Central Hispano, garantiu o emprego dos bancários espanhóis por mais de três anos. Também a Companhia Vale do Rio Doce, quando adquiriu a mineradora canadense Inco, o governo do Canadá exigiu mecanismos de proteção ao emprego, e com isto, a CVRD celebrou, com os trabalhadores mineiros, acordo de garantia de emprego de, no mínimo, 3 anos.

“É importante ressaltar o enorme entusiasmo da alta cúpula do banco Santander. Apesar deste banco possuir uma desastrada política de gestão de recursos humanos no Brasil, fazendo com que seja o primeiro banco em que bancários pedem demissão (e também em número de ações trabalhistas), a direção local, como também, a direção mundial estão extremamente maravilhadas com a concretização da compra do banco Real, no Brasil. Com isto, o Santander passará a ser o segundo banco privado, ultrapassando nada menos, nada mais que o banco Itaú”, destaca Marcelo Gonçalves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do ABN.

O dirigente afirma que, se este negócio é bom para os banqueiros, então também tem que ser bom para os trabalhadores brasileiros. “Condições de trabalho dignas e garantia de emprego já. Também é necessário que o governo Lula assuma postura digna de país soberano e de um governo democrático popular e exija do Santander negociações sérias para estabelecer um acordo de proteção do emprego dos trabalhadores brasileiros”, conclui Marcelo.

Fonte: Contraf

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