G-20 monta vigilância para aplacar riscos à economia global

Os ministros de Finanças do G-20 concordaram sobre as diretrizes de um novo sistema de vigilância, destinado a encontrar e corrigir falhas na economia mundial antes que elas coloquem o crescimento global em risco.

No encontro de Paris em fevereiro, as autoridades concordaram em monitorar os indicadores, incluindo déficits orçamentários, desequilíbrios externos e taxas de poupança privada.

O acordo de hoje detalha como as economias serão avaliadas usando quatro indicadores, um focado na economia do país em questão e três formas de comparação com outros países, segundo afirmou uma autoridade do G-20 em condição de anonimato. Os países que violarem dois dos quatro parâmetros serão identificados e sujeitos a um controle maior, segundo ele.

O objetivo do plano é identificar os desequilíbrios com antecedência e prescrever políticas para corrigi-los antes que se espalhem para a economia mundial. Uma lista de economias com risco de violar as diretrizes será criada agora, com grande probabilidade de que os EUA estejam entre elas, disse uma autoridade de um dos países do G-20.

Os políticos do G-20 pretendem entregar um relatório aos seus líderes na conferência de novembro em Cannes, na França, destacando as economias que ainda estão inflando desequilíbrios. Os países que se enquadrarem devem ser aconselhados pelos seus pares sobre que políticas seguir.

China

O vice-ministro de Finanças chinês, Li Yong, disse nesta semana que as diretrizes do G-20 poderiam ser usadas como “ferramenta política” para frear o desenvolvimento econômico do seu país. A preocupação da China sobre ser intimada a deixar sua moeda valorizar com mais rapidez abranda as discussões e o acordo final ainda pode sofrer da falta de um instrumento de execução.

As autoridades tentam evitar a repetição da última expansão, quando surgiram desequilíbrios comerciais, que depois ajudaram a desencadear a pior recessão global em sete décadas.

A China e outras nações asiáticas reciclavam os dólares de seus excedentes comerciais em títulos dos EUA, deprimindo as produções globais, enquanto os consumidores dos EUA baseavam-se em baixas taxas de juros para conduzir uma farra de gastos insustentável e um déficit comercial recorde.

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