Assembleia conclui processo intenso de mobilização e negociação
Os bancários do BNDES aprovaram, na sexta-feira (18), em assembleia no saguão de entrada do prédio do banco, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro, a proposta de acordo apresentada pela empresa na última rodada de negociações com a Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Rio e associações representativas.
A votação foi feita em urnas. Para o diretor do Sindicato, Carlos de Souza, com a decisão os trabalhadores consolidaram conquistas importantes nesta campanha salarial, após vencer, com mobilização, a intransigência da diretoria do BNDES e do governo federal.
As negociações foram duras. A pauta de reivindicações foi entregue em agosto, mas seis rodadas depois, em outubro, nenhuma resposta havia sido feita.
O banco seguia à risca a orientação do governo, de negar qualquer aumento real e conceder abono. Em resposta, o funcionalismo intensificou as mobilizações, participando de atos e assembleias cada vez maiores e entrando em estado de greve.
A partir daí, o governo decidiu mudar sua postura e voltou à mesa de negociação com uma proposta que atendeu aos interesses dos funcionários.
Itens do acordo
O acordo prevê reajuste de 9% sobre salários e demais verbas, garantindo aumento real, gratificação extraordinária de 1 salário (abono salarial) e 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 339,08.
Outra conquista foi a criação de uma comissão paritária para, em 90 dias, apresentar proposta referente à complementação do salário dos funcionários que se encontram em licença-médica (auxílio-acidente de trabalho ou auxílio-doença).
O banco também se compromete a formar uma comissão paritária também para estudar a extensão do acordo de horas extras para os readmitidos em função da lei da anistia.