Em assembléia nesta quarta-feira (27/10), os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovaram a proposta de acordo apresentada pela diretoria da empresa. Além dos 7,5% de reajuste (3,5% de aumento real), asseguraram um abono de 1,5 salário, a conquista da cesta-alimentação (R$ 311,08) e o aumento do adicional noturno de 20% para 35%.
O acordo estabeleceu, ainda, a abertura de um processo de negociação permanente a respeito de itens importantes como questões relacionadas aos anistiados, demitidos pelo governo Collor e reintegrados ao BNDES, mudanças no plano de cargos e salários e implantação de um plano de carreira.
O vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Mauro Bottino, afirmou que o funcionalismo do banco deu uma demonstração de maturidade, rejeitando, na semana passada, a proposta da empresa e se mobilizando. “Isto garantiu uma conquista importante, que foi a cesta-alimentação, e preparou os funcionários que entraram recentemente no banco para participar ativamente das campanhas que virão”, afirmou o dirigente.
O vice-presidente do Sindicato, José Ferreira, reconheceu os avanços conquistados, mas avaliou que caso o funcionalismo aumentasse a pressão forçaria o banco a apresentar uma proposta melhor. “Mas o Sindicato respeita a decisão soberana tomada pelos funcionários”, afirmou.
O Sindicato e a Comissão de Negociação defendiam um prazo maior para o fechamento do acordo. No entanto a assembléia decidiu pela aprovação imediata da proposta do banco. O diretor do Sindicato Carlos Alberto de Oliveira, o Caco, lembrou que algumas cláusulas foram retiradas do acordo para serem negociadas posteriormente e advertiu que o Sindicato estará vigilante para que os direitos nelas assegurados sejam respeitados.
“Esses itens serão objeto de futuras negociações. Esperamos que o BNDES avance, respondendo positivamente a estas demandas do funcionalismo do banco”, afirmou Murilo da Silva, também diretor do Sindicato do Rio.
