Funcionários do BNDES aprovam proposta da PLR

Acordo elimina componente individual e curva forçada, adotadas na gestão anterior

Em assembleia, nesta quinta-feira (8), os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovaram a proposta sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2023, que foi formulada em mesa de negociação entre o banco e a representação dos trabalhadores, formada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e associações.

Ao todo, foram 554 votos, com a grande maioria de 539 funcionários dizendo sim para o acordo. Houve 10 votos contrários e cinco abstenções. A proposta para o Acordo Coletivo da PLR havia sido divulgada pela Área de Recursos Humanos do Banco no dia 26 de janeiro.

O vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção afirma que “os ganhos do acordo são muitos”. Na gestão anterior, o BNDES havia determinado a composição da PLR por três fatores: coletivo, por setor e individual. O dirigente pontua que, “como o fator individual era decidido pela própria chefia do setor, gerava possibilidade de assédio moral. Agora, conseguimos eliminar esse fator individual e reduzir a relevância do fator de setor, para o estabelecimento de uma PLR mais uniforme para todos”.

Vinícius celebrou a boa participação dos funcionários na assembleia. “A negociação com o BNDES enfrentou uma série de dificuldades, e a grande presença no processo de decisão mostra nossa força, sempre necessária para conquistas como a que tivemos agora”. Para o dirigente, “a proposta, que construímos juntos com a AFBNDES, consolida ainda outros avanços em relação aos últimos anos, como o fim do uso de curva forçada. E vamos avançar ainda mais na Campanha Nacional deste ano”.

O presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, concorda. Como diz, “a proposta de PLR aprovada este ano, tem entre os avanços, não só o fim definitivo do componente individual, que já havia sido expulso da PLR e migrado para um programa de premiação, que agora foi encerrado, como também o fim das metas por áreas, que foram desastrosas. Essa experiência apenas gerou injustiças flagrantes e ressentimento entre os empregados”.

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