Os 152 delegados participantes do XVI Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, realizado em Aracaju (SE), nos dias 28 e 29/5, aprovaram as reivindicações e estratégias para a Campanha Nacional 2010.
Entre as principais estratégias, os delegados definiram, ponto a ponto, a prioridade de cada item da minuta como forma de pressionar o banco, inclusive durante as reuniões da mesa permanente. Além disso, o Congresso se destacou pela unidade do movimento, que reuniu participantes de diversas correntes políticas do funcionalismo.
Conjuntura – Com o tema “Campanha Salarial x Campanha Eleitoral. Os trabalhadores têm que ganhar esse jogo”, o Congresso iniciou com um debate sobre conjuntura, abordando os desafios da Campanha Nacional dos Bancários em pleno ano de eleição presidencial.
O expositor foi o secretário de organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, enquanto o representante da Feeb BA/SE, Eduardo Navarro e o da Fetec/NE, Rostand Lucena, foram os debatedores.
De acordo com Miguel, o cenário econômico brasileiro na atualidade é um dos melhores de todos os tempos. “O País vai muito bem economicamente, com tendência de crescimento extensivo, ao contrário de vários países da Europa. Isso se deve a um bom nível de investimento no mercado interno, inserindo milhões de brasileiros que estavam à margem da economia”, analisa.
Para Miguel, em um ano de eleição presidencial, onde estarão em debate dois modelos de governo: um conservador e um que prima o desenvolvimento, o grande desafio será definir quais desses modelos de governo vai de encontro aos interesses dos trabalhadores. “Afinal, estaremos decidindo quem vai gerir os cofres da União, ou seja, quem será o nosso patrão”.
Ele destacou ainda o papel dos bancos públicos, que deve ser o de gerar o desenvolvimento. “O verdadeiro papel que um banco público, principalmente o BNB, deve exercer, não é o de disputar mercado e vender títulos, mas de desenvolver a região e a definição desse papel de fomento também parte da visão de governo. Aí está a ligação: o nosso voto vai definir o BNB que queremos e a quem ele vai servir”, ressalta.
Estratégias para 2010 – Os congressistas deliberaram por fazer campanhas sistemáticas e de mobilização pela isonomia entre novos e antigos funcionários, ponto eletrônico, efetivação de funções, contribuição sobre o 13º da CAPEF, tickets e cesta alimentação para aposentados, concorrências e transferências, entre outros pontos. Além disso, outros pontos serão intensificados durante as reuniões da mesa permanente, tais como: extensão da licença-prêmio, auxílio creche, financiamento habitacional, bolsa educação, revisão do PCR, fundo especial de custeio a CAMED, entre outros.
“Mais uma vez, o funcionalismo do BNB mostrou sua mobilização com uma participação intensa durante esse Congresso. Os debates em grupo foram ricos e voltados para a busca do melhor possível para os funcionários. Agora é intensificar a mobilização para conquistarmos o que aprovamos durante esse encontro”, avalia o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT), Tomaz de Aquino.
Confira as principais reivindicações aprovadas pelo XVI Congresso do BNB
* Intensificar a mobilização da campanha nacional a partir de junho de 2010;
* Discussão sobre novo modelo de PLR;
* Luta pela isonomia, com campanha de mobilização e intensificação da luta em mesa permanente;
* Luta pela implantação do Plano de Funções e do ponto eletrônico;
* Acompanhamento político dos trâmites do projeto de lei que trata da reintegração de demitidos da era Byron/FHC;
* Assinatura do acordo coletivo juntamente com os outros bancos federais;
* Licença-paternidade de 30 dias;
* Contratação de mais funcionários;
* Tickets e cesta alimentação para aposentados;
* Extensão da licença-prêmio para todos os funcionários.