Bancários do BNB protestam contra não pagamento do restante da PLR
Duas manifestações mobilizaram os bancários em Teresina nesta quarta-feira (28). No Banco do Brasil, nas agências Cidade Verde e Frei Serafim, também no centro da capital, foi realizado mais um Dia Nacional de Luta a favor do cumprimento da jornada de trabalho de 6h.
Outras reivindicações dos funcionários do BB também mereceram destaque como o fim do assédio moral, melhorias no Plano de Carreira, condições dignas de trabalho, qualidade de atendimento aos clientes e que o direito à Cassi, plano de saúde do BB, seja estendido a todos os empregados dos funcionários dos bancos incorporados.
O atendimento ao público foi suspenso por 1h, de 10h às 11h, a categoria atendeu a convocação do Sindicato e os empregados se concentraram em frente às duas agências para fortalecer a mobilização.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários do Piauí, Carlos Arias (Camarão), essa foi a forma encontrada pela categoria para pressionar o banco que insiste em descumprir a legislação sobre a jornada legal de 6h, que é prevista na legislação, mas sem redução de salários.
“E conforme o que foi acertado no momento do acordo coletivo de setembro de 2011/2012”, completa o presidente do Sindicato, José Ulisses de Oliveira, que agradeceu o empenho de todos os empregados neste Dia Nacional de Luta.
BNB
No Banco do Nordeste do Brasil (BNB), os empregados das agências Centro e Metro, na zona Leste da cidade, deliberaram em assembleia realizada na noite de terça-feira (27), na sede do Sindicato dos Bancários do Piauí, pela paralisação de duas horas, suspendendo o atendimento ao público de 10h às 12h, contra o não pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Isso porque o banco alega ter apenas R$ 6,2 mil para distribuir entre seus funcionários.
O diretor do Sindicato, Gilberto Mendes, informou a todos sobre a real situação de impasse quanto ao não pagamento da segunda parcela da PLR por parte do banco, onde o retardamento do atendimento seria uma forma de pressionar a direção do BNB e mostrar o repudio da categoria diante de tal situação.
Para diretora do Sindicato, Lusemir Carvalho, “se esses R$ 6,2 mil forem distribuídos lineamente para os 6.077 funcionários da instituição, o BNB pagará o valor de R$ 419,61. E para os ocupantes do cargo de Analista Bancário, esse valor será ainda menor: R$ 140,80”, ressalta indignada.
Ela acrescenta ainda que, além de não receber praticamente nada, os empregados terão que pagar um terço do que foi adiantado no primeiro semestre. A sindicalista explica que banco propôs que este um terço fosse descontado na PLR de 2012 ou que seja dividido em parcelas até o mês de dezembro deste ano. Tal proposta foi rejeitada na negociação de mesa específica realizada em Fortaleza, no dia 16, entre a Comissão de Negociação e a direção do BNB.
Para finalizar, Lusemir esclarece que a paralisação desta quarta-feira foi uma advertência à direção do banco e aos acionistas que estarão reunidos em Assembleia Geral Ordinária, nesta sexta-feira (30), com o objetivo de deliberar sobre a destinação do lucro do banco de 2011, inclusive o pagamento da PLR desse exercício.