Nesta quarta-feira (16), os funcionários do Banpará realizaram uma paralisação de uma hora na agência Senador Lemos, o conhecido “postão”, em resposta a decisão da empresa em não querer mais negociar as demandas específicas dos trabalhadores que foram entregues desde o mês de agosto. Os bancários iniciaram o ato de protesto pela manhã às 9 horas em frente à agência mantendo o local com suas portas fechadas para atendimento até as 11 horas. A paralisação foi aprovada em reunião ocorrida na última sexta-feira (11) entre o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e os delegados sindicais do banco.
O Sindicato recebeu carta do Banpará no dia 9 de setembro, comunicando que o mesmo não reuniria mais com as entidades representativas da categoria para tratar de reivindicações específicas, limitando-se às deliberações da mesa geral de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban.
O Sindicato, em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN), enviou correspondência solicitando restabelecimento imediato da mesa específica de negociações e a renovação das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2008/2009 no Banco do Estado do Pará.
“A decisão do Banpará em não negociar com as entidades as reivindicações específicas dos empregados da empresa é uma medida equivocada que precisa de uma resposta clara do funcionalismo”, afirma Odinea Gonçalves, diretora do Sindicato e funcinária do Banpará.
Campanha Nacional – Dando continuidade à campanha salarial deste ano, o Comando Nacional dos Bancários reúne-se com a Fenaban nesta quinta-feira, 17, às 15h, em São Paulo. Depois de quatro rodadas de negociação nas quais os bancos só enrolaram, agora eles disseram que farão uma “proposta global”.
Resta saber se haverá alguma ação concreta que contemplem todas as reivindicações da campanha nacional deste ano, entre elas reajuste de 10%, PLR de três salários mais R$ 3.850, valorização dos pisos salariais, respeito ao emprego e mais contratações, fim do assédio moral e das metas abusivas, mais segurança e implementação de políticas de combate a todo tipo de discriminação nos locais de trabalho.