Assembleia dos bancários aprovou também ressalvas para ação judicial
A assembleia dos funcionários do Banpará, realizada na noite de terça-feira, dia 22, aprovou por unanimidade a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012, mas com as ressalvas de cláusulas devidamente registradas em ata de negociação com o banco pelo Sindicato dos Bancários do Pará, para que essas possam ser reivindicadas na Justiça do Trabalho.
A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, esclareceu que o registro feito pelo Sindicato na ata da reunião com o Banpará foi de que a entidade concorda com todas as cláusulas negociadas e pactuadas, considerando o interesse maior dos funcionários do Banpará, contudo, ressalvando:
1º) A aplicação do reajuste do percentual concedido pela Fenaban no que for melhor ao concedido pelo Banpará no acordo, com destaque para seus reflexos no PCS;
2º) Reajuste dos tesoureiros: que o presente ponto foi apresentado pelo banco como proposta, nos dois comunicados encaminhados ao Sindicato, sendo entendido pelas entidades sindicais e pelos trabalhadores que entraria no acordo, considerando a data base;
3º) Compromisso do banco em rever e reajustar todas as comissões no prazo da portaria.
“Fizemos no Banpará uma greve que foi referência para todo país, tanto pelo nível de adesão quanto pelas conquistas alcançadas. Sem sombra de dúvidas, o acordo coletivo do Banpará foi o melhor de toda a categoria bancária, em nível nacional. Porém, infelizmente, o banco resolveu não cumprir com todas as cláusulas e compromissos assumidos em mesa de negociação com as entidades. De toda forma, a categoria acertou em aprovar o acordo conquistado com as ressalvas apontadas pelo Sindicato. Agora, a nossa luta será na Justiça, pois não vamos abrir mão de nenhuma conquista dessa campanha específica no Banpará”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
A advogada do Sindicato, Mary Cohen, que também participou da assembleia, esclareceu as dúvidas dos trabalhadores quanto ao impasse construído pelo Banpará em torno da redação final do acordo. Ela lamentou a postura do banco, explicou sobre os riscos de se deflagrar novamente uma greve e argumentou que a decisão da assembleia foi a melhor alternativa, pois os trabalhadores não podem abrir mão dessa disputa jurídica para terem seus direitos garantidos.
“Após a assinatura do acordo entre as entidades e o Banpará, nós teremos uma semana para reunir toda a documentação necessária para formulação da ação judicial em defesa do que foi negociado, mas não cumprido pelo banco. Temos esperança e disposição para vencer mais essa disputa”, ressalta a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.
Agenda de mobilizações
A assembleia dos funcionários do Banpará também aprovou uma agenda de luta em defesa de todas as conquistas da campanha deste ano. Toda semana haverá um dia de paralisação em diferentes agências do banco, tanto na capital quanto nos demais municípios do Estado.
