Funcionários do Banco do Nordeste deliberam pelo fim da greve que durou 23 dias na Paraíba

Na assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (29), na agência João Pessoa – Varadouro, os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) deliberaram pelo fim da greve no banco público e volta imediata ao trabalho, após 23 dias de paralisação.

A assembleia foi coordenada pelo presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, que discorreu sobre todo o processo de negociação entre a representação dos bancários e os bancos, destacando a dificuldade maior nas instituições públicas. “A conjuntura em que se deu nossa campanha deste ano foi totalmente conturbada e se desenrolou em meio a uma crise política e econômica, ampliada pela mídia”, argumentou.

Robson Luís, diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Nordeste, elencou os pontos da proposta que apresentaram algum avanço, enfatizando como uma das principais conquistas a adesão ao acordo da Febraban, de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho.

“Isso representa um grande passo para minimizar os abusos por parte de gestores, em relação às suas equipes, abrindo um canal confiável para que as vítimas possam denunciar tais abusos. O acordo também prevê que todas as denúncias sejam rigorosamente investigadas, submetendo os agressores às sanções cabíveis”, ressaltou Robson.

Entretanto, o sindicalista considerou a proposta insuficiente. “O banco não incluiu na negociação as reivindicações históricas como a revisão do PCR e a solução para o plano de aposentadoria complementar dos funcionários mais antigos”, arrematou.

A diretoria do Sindicato reforçou sua posição de tomar todas as medidas necessárias, inclusive pela via negocial, para que os funcionários do BNB na Paraíba não tenham esses dois dias de greve descontados nos seus vencimentos.

“Esperamos uma mudança na postura da direção do BNB, para que melhore o tratamento dispensado ao funcionalismo,  principalmente em suas reivindicações específicas, sob pena de aumentar ainda mais o sentimento de revolta que reina nas unidades do Banco Estatal”, concluiu Marcos Henriques.

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