Os funcionários do Banco do Brasil realizaram na última sexta-feira (6), em frente à agência da Rua da Assembléia, uma paralisação contra a prática de assédio moral e a política de metas abusivas no banco. A atividade contou com total apoio da população.
Vestidos de preto, em memória do bancário Luís Carlos Lyra, que morreu de infarto logo após ser descomissionado pelo BB e para protestar contra a postura do banco, os funcionários apoiaram o ato público promovido pelo Sindicato.
“Nós da direção do Sindicato ficamos sensibilizados com a unidade e a comoção do funcionalismo. Todos se solidarizaram com o drama vivido pela família de Luís Carlos. Há uma indignação coletiva contra as práticas do banco, que elevam o número de vítimas de doenças ocupacionais e que já resultaram em morte”, comenta o diretor do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários Carlos Souza.
O ato contou com a participação também de representantes da Contraf-CUT, da CUT-RJ, do Sindicato dos Bancários de Campos e da Federação dos Bancários RJ/ES.
“Este não é apenas um ato dos bancários, mas de toda a classe trabalhadora. Nossa luta não é apenas por melhores condições de saúde e de trabalho, mas também em defesa de um banco que consolide a sua função de empresa pública, através de crédito mais barato e de políticas que promovam o desenvolvimento social e econômico do país”, acrescenta Souza.
Culto ecumênico
Nesta terça-feira, dia 10, o Sindicato realiza nova manifestação contra a direção do BB. Haverá um culto ecumênico em memória do bancário Luís Carlos e mais protestos contra as precárias condições de trabalho na empresa.
“É preciso deixar claro que o episódio que culminou com a morte do bancário não é um caso isolado, mas fruto de uma política perversa do banco, que impõe metas absurdas que têm de ser cumpridas na base da pressão e de ameaças”, critica o diretor do Sindicato Murilo da Silva.