Funcionários do Banco da Amazônia ingressam com ações de horas extras

(Porto Velho) Um grupo de cinco funcionários do Banco da Amazônia, agência Ariquemes, ingressaram recentemente com ações individuais para garantir o direito de recebimento de horas extras trabalhadas e não pagas. No último dia 29 de outubro aconteceram quatro audiências, que tiveram a presença do Sindicato dos Bancários de Rondônia, com os diretores João Marcos e José Toscano, que apresentaram vários documentos que comprovam o desrespeito da jornada de trabalho no Banco. Os processos são os de números 530.2007.32.14.00-0; 531.2007.32.14.00-5; 521.2007.31.14.00-3; 492.2007.32.00-6 e 516.2007.31.14.00-0.

A iniciativa dos cinco empregados, que continuam trabalhando normalmente no banco, está respaldada pela decisão do encontro Estadual dos empregados do Banco da Amazônia, realizado nos dias 23 e 24 de junho último, que aprovou a realização de uma ampla campanha contra a política do banco, que se recusa há anos a pagar qualquer hora extra devida a seus empregados. O primeiro passo da campanha foi o encaminhamento de denúncia, pelo SEEB, ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que no dia 31/07/2007 instaurou o procedimento investigatório PI-191/2007 para investigar as irregularidades denunciadas pelo Sindicato.

O passo seguinte é a orientação para que os empregados ingressem com ações individuais, com o Sindicato atuando como assistente, buscando garantir na Justiça o recebimento de todas as horas extras não pagas nos últimos cinco anos. Os funcionários de Ariquemes foram os pioneiros desta campanha, que deverá ser ampliada para as demais agências. O SEEB recomenda que nas demais agências os empregados tomem a mesma iniciativa, preferencialmente, entrando com varias ações individuais ao mesmo tempo, o que inibe eventuais tentativas de assédio moral, que serão imediatamente denunciadas ao MPT. Maiores informações ou denúncias pelo telefone (69)3224-5259 , no Sindicato.

Exemplo
Advogados do próprio Banco da Amazônia, contratados como técnicos científicos, com jornada de quatro horas, eram “promovidos” para Analista Junior assim que ingressavam, e, com isso, tinham a jornada aumentada para seis horas diárias. Em Belém (PA), todos ingressaram na Justiça do Trabalho e tiveram reconhecidas, como horas extras, as duas horas acrescidas à jornada, com a “promoção” feita pelo banco. Essa iniciativa dos advogados do banco é um exemplo que deve ser seguido pelos demais funcionários, para garantir o respeito à jornada de trabalho.

Fonte: Seeb Rondônia

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