Funcionários do Banco do Brasil de todo o país realizaram nesta quarta-feira (23) mais um Dia Nacional de Luta em protesto pela demora da direção do banco em apresentar propostas definitivas na mesa de negociação para pendências como o novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e o plano odontológico. Em Brasília, os bancários paralisaram três agências no Setor Comercial Sul.
O prazo acordado com o BB em 2009 para implantar o plano de carreira termina no dia 30 de junho, mas, por intransigência do banco, as negociações pouco avançaram. Na última negociação sobre o tema, em abril, o BB seguiu colocando dificuldades para reivindicações como piso do Dieese, promoção “horizontal” no mesmo cargo e incorporação das comissões pelo exercício de funções.
“A próxima mesa de negociação está marcada para julho e o PCCS está na pauta. Esperamos uma proposta clara e que contemple o que a categoria reivindica”, ressalta Rafael Zanon, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Além disso, o processo de adesão ao plano de saúde da Cassi e de previdência para os funcionários integrados após incorporação do BEP, Besc e Nossa Caixa ainda não foi resolvido. Da mesma forma, o plano odontológico segue pendente. Os bancários reivindicam um plano custeado pela empresa e que faça parte do modelo de atenção integral à saúde da Cassi, com abrangência nacional e que atenda todos os bancários da ativa e aposentados e seus dependentes. A situação também se arrasta desde o ano passado.
Durante as paralisações parciais, diretores do Sindicato conversaram com a população e fizeram reuniões nos locais de trabalho para explicar o motivo dos protestos. “Além de conversar sobre o Dia de Luta, convidamos a todos os bancários para participar do 6º Congresso dos Bancários de Brasília, que ocorre nos dias 16 e 17 de julho. É importante ouvir a categoria e a sociedade sobre as demandas em relação ao sistema financeiro”, frisa Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.