Funcionalismo não aprecia proposta após Banpará apresentar duas redações diferentes

Nesta segunda-feira (3), após quarta rodada de negociação específica, a direção do Banpará formalizou a proposta às entidades sindicais; mas terça-feira (4) pela manhã, distribuiu comunicado à categoria com uma redação diferente da enviada ao Sindicato, considerada de fundamental importância: um reajuste com abono e outro sem.

“Na segunda-feira o banco não oficializou proposta de abono, apenas comentou em mesa que seguiria Fenaban, e terça no comunicado enviado aos trabalhadores e trabalhadoras, apresenta proposta de reajuste com abono, diferente da que as entidades receberam. Diante disso, não há proposta oficial para ser colocada em votação pelo funcionalismo do Banpará. Nós temos respeito e compromisso com nossa categoria”, afirmou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

O comunicado, via intranet, foi transmitido às 11h01 desta terça-feira (4) ao funcionalismo do Banpará e assim que o Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN tiveram conhecimento do documento enviaram ofício ao banco solicitando a retomada da mesa de negociação a fim de esclarecer sobre o reajuste, bem como apresentar uma contraproposta à diretoria do banco; mas tiveram o pedido negado.

“É preciso ter calma e paciência, pois o diabo mora nos detalhes. Por uma vírgula, podemos pôr tudo a perder. Seria irresponsabilidade nossa colocar algo em votação nessa assembleia sem ter tudo esclarecido e avanço nas propostas. Continuamos abertos ao diálogo como sempre estivemos e vamos buscar mais interlocuções ao processo. A proposta apresentada na segunda por força desta heroica greve já tem pontos positivos como a PLR Social, o anuênio e o PCS, este desde que se cancele o reinício da contagem de tempo”, destaca a diretora da CUT-PA e empregada do banco, Vera Paoloni.

Além de um aumento maior para o anuênio, as entidades sindicais ratificaram ontem em mesa a importância de:

– Garantia de promoção por tempo de serviço e por merecimento em janeiro de 2017 sem reiniciar a contagem do marco da tabela do PCS e mantendo o patamar de 2014 (como o banco propôs),
– Abono de todo os dias parados,
– 1 dia a mais na Licença Prêmio (passando de 9 para 10 dias)

“O Banpará tem condições de atender, o lucro desse semestre foi maior que o do mesmo período do ano passado. Não rejeitamos a proposta ontem em mesa porque ainda não tínhamos o documento oficializado pelo banco, que o fez somente no final do dia. Por isso a Confederação tem feito um apelo nacionalmente e aqui no Pará para que a categoria não desista de lutar, sem ela não teremos conquista alguma nessa Campanha”, reforça o diretor da Contraf-CUT, Adilson Barros.

As entidades sindicais ratificaram na assembleia a disposição para continuidade da mesa de negociação específica com o Banpará e assim também fizeram através de ofício enviado ao banco neste 29º dia de greve nacional da categoria bancária.
 

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