(São Paulo) De norte a sul do país, os bancários do Unibanco realizam nesta quarta-feira, dia 19, protestos e paralisações contra uma série de problemas que assolam os funcionários.
O objetivo deste Dia Nacional de Lutas é forçar a direção da empresa a negociar com seriedade e atender as demandas do funcionalismo que já estão colocadas para a empresa há tempos.
“Queremos mostrar com os protestos que os empregados estão insatisfeitos com a política de pessoal do Unibanco. A empresa precisa dar valor aos seus bancários e resolver essas pendências”, explica Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco.
Entre os problemas enfrentados pelos bancários está o excesso de metas, que tem gerado assédio moral e doenças ocupacionais, como as Lesões por Esforço Repetitivo (LER).
Com a sobrecarga de trabalho, os funcionários do Unibanco extrapolam constantemente a sua jornada e não recebem hora-extra. “A direção obriga a compensação pelo banco de horas. Mas o bancário não pode nem escolher a forma de compensação. Precisamos protestar para que o banco negocie com seriedade”, destaca Valeska Pincovai, diretora da Fetec São Paulo e funcionária do Unibanco.
A segurança nas agências e nos locais de trabalho é outro problema. O banco tem tirado as portas de segurança na sua nova política de mudar o layout das agências. Também reduziu o número de vigilantes e os assaltos cresceram.
Além desses problemas, os programas de remuneração, como o RR (Remuneração por Resultado) e o PRU (Programa de Remuneração do Unibanco), são insatisfatórios e injustos.
Os bancários também vão protestar neste Dia Nacional de Lutas contra a falta de um auxílio-educação e os problemas do Plano Odontológico.
Fonte: Contraf-CUT