(São Paulo) O VI Fórum Social Mundial será realizado neste ano pela primeira vez na África, em Nairóbi, no Quênia, entre os dias 20 e 25 de janeiro. Para o secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Antônio Felício, “o Fórum contribuirá para fortalecer ainda mais a unidade e a mobilização dos povos em defesa da Humanidade contra o imperialismo”.
As atividades do FSM neste ano vão girar em torno de nove objetivos gerais, definidos a partir de consulta sobre ações, campanhas e lutas das organizações participantes. De acordo com os organizadores, estão entre as prioridades a luta pela “libertação do mundo do domínio das multinacionais e do capital financeiro, a democratização do conhecimento e da informação e a construção de um mundo de paz, justiça e respeito pelas espiritualidades diversas”.
Também são objetivos do evento, a “garantia dos direitos econômicos, sociais, humanos e culturais, especialmente os direitos à alimentação, saúde, educação, habitação, emprego e trabalho digno”, “a construção de uma ordem mundial baseada na soberania, na autodeterminação e nos direitos dos povos”, e “a construção de estruturas políticas realmente democráticas e instituições com a participação da população nas decisões e controle dos negócios e recursos públicos”.
O Fórum Social Mundial 2007 já conta com cerca de 1200 atividades inscritas e, de acordo com os organizadores, são esperados até 80 mil participantes – número difícil de ser confirmado, porque a grande maioria deve se inscrever in loco e não antecipadamente, como tem ocorrido nas edições anteriores do FSM. Segundo o último levantamento, até agora estão credenciados cerca de 3 mil participantes não-africanos e 7 mil africanos, dos quais 60% são do Quênia.
Este ano, todas as atividades do FSM estarão concentradas em um único espaço – o centro esportivo Moi International Sports Center, cerca de
Segundo informações de jornalistas que estão em Nairóbi, não é preciso levar barraca, apenas saco de dormir ou colchonete e cobertor. Tem água quente e tendas separadas para meninos e meninas. Nas redondezas do estádio, também haverá espaço para organizações e movimentos provenientes de vários países africanos que chegarão em caravanas e montarão suas próprias tendas para baratear os custos. A maior parte das caravanas vem da Zâmbia, Tanzânia, África do Sul, Malawi, Moçambique e Angola em ônibus e até de barco.
Fontes: CUT e Carta Maior