Fotógrafo do Sindicato de Porto Alegre é detido em protesto contra Yeda

No início da manhã de quinta-feira, dia 16, centenas de servidores públicos organizaram uma manifestação em frente à mansão da governadora do Rio Grande do sul, Yeda Crusius, na Vila Jardim, em Porto Alegre. O protesto, pacífico, teve a detenção de manifestantes e de outros profissionais. Entre os detidos estão o fotógrafo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e do Cpers/Sindicato, Caco Argemi, que estava no local apenas fazendo seu trabalho: a cobertura de mais uma manifestação contra o governo Yeda.

Também foram detidos a presidente do CPERS/Sindicato, Rejane de Oliveira, a 1ª vice-presidente da entidade, Neida de Oliveira, e a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL).

A manifestação, que começou por volta das 7h15, fez parte do dia de mobilização em defesa do impeachment de Yeda, organizado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE-RS). Ainda nesta manhã, em frente ao Palácio Piratini, foi realizado um ato público pelo afastamento da governadora. Em seguida, houve uma caminhada até a Esquina Democrática, no centro da capital gaúcha.

A detenção de dirigentes sindicais e de outras pessoas foi classificada pela presidente do CPERS/Sindicato como um ato arbitrário e desnecessário. “Primeiro, a polícia nos retirou da calçada em frente à casa da governadora. Depois, com os manifestantes no meio da rua, isolaram o quarteirão em que se localiza a casa de Yeda. Quando já estávamos no ônibus, prontos para deixarmos o local, a polícia foi até o veículo para me deter”, disse Rejane.

Acuada por indiciamentos de dois dos seus secretários pela Polícia Federal gaúcha, por corrupção e cada vez mais desacreditada pela nas pesquisas de opinião, a governadora Yeda Crusius tem evitado aparições públicas, mas não consegue evitar o desgaste de sua administração. O governo Yeda tem sido alvo de acusações de corrupção desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que apurou um desvio de aproximadamente R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

O protesto, que fez parte do dia de mobilização em defesa do impeachment de Yeda, continuou em seguida na Praça da Matriz, onde 300 PMs esperavam os manifestantes, após terem isolado setores próximos ao Palácio Piratini.

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