Folha: juros do cheque especial atingem maior taxa desde 2003

da Folha Online

Os juros médios cobrados no cheque especial subiram para 9,33% ao mês (a.m.)em dezembro, a maior taxa desde junho de 2003 (9,43%). Esse foi o segundo mês consecutivo que a taxa ficou acima dos 9% em novembro foi 9,24% a.m., segundo pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta quarta-feira. Ao ano, a taxa média do cheque especial ficou em 191,75%.

O empréstimo pessoal apresentou pelo terceiro mês consecutivo taxa média superior a 6% ao mês, os 6,25% em dezembro (ante 6,15% ao mês em novembro), igualando a marca registrada em abril de 1999 e atingindo a maior taxa média desde março do mesmo ano (6,77%). Ao ano, a taxa média do do empréstimo pessoal ficou em 107,06%.

Segundo o Procon, a pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física foi realizada em 2 de dezembro, com dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

“A pesquisa de juros detectou, mais uma vez, aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas, embora o número de bancos que elevaram suas taxas tenha sido inferior ao observado no mês passado”, informou o estudo.

Neste mês, dois bancos aumentaram a taxa de juros do empréstimo pessoal e três do cheque especial e, em novembro, cinco aumentaram a taxa do empréstimo pessoal e sete do cheque especial.

“Comparando-se janeiro e dezembro deste ano, podemos notar que a taxa média do cheque especial apresentou maior acréscimo em pontos percentuais do que a do empréstimo pessoal. A diferença é de 0,89 ponto percentual para o empréstimo pessoal e de 1,12 pontos percentuais para o cheque especial”, informou o Procon-SP.

Banco Central

Hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia, após o encerramento dos mercados, a nova taxa básica de juros do país. É consensual entre os economistas de bancos e corretoras que o Comitê deve manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, com uma corrente minoritária apostando em um corte para 13,50%.

“As instituições financeiras continuam apertando o crédito e as taxas de juros não estão convidativas. O consumidor deve continuar cauteloso e é conveniente adiar qualquer decisão de tomada de empréstimo até que as taxas estejam em patamares mais razoáveis”, indica o Procon-SP.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram