(Florianópolis) Os trabalhadores do Nucac e da Gerel, da base do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, vêm realizando paralisações de duas horas desde o dia 10 de maio contra o pacotão de maldades do Banco do Brasil.
As paralisações foram aprovadas pelos bancários na Assembléia Específica do BB, realizada no último dia 9 no Sindicato. Os trabalhadores também deliberaram pelos seguintes encaminhamentos: Suspensão imediata da implementação do Pacotão (que começou nesta segunda, dia 14/05); Abertura de um processo de diálogo com a direção do BB para busca de alternativas; Estado de greve e nova assembléia nesta terça-feira (dia 15), às 18h30min, no Auditório do antigo Cine Ritz, com indicativo de paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (dia 16).
Durante as paralisações, os bancários e os dirigentes do Sindicato têm distribuído uma carta aberta à população que explica aos clientes e usuários do BB sobre o Pacotão. Confira o texto da carta:
“O Banco do Brasil, instituição financeira pública do nosso País, está impondo aos seus trabalhadores um pacote de medidas arbitrárias. O BB está substituindo funcionários selecionados via concurso público, qualificados e com treinamento e experiência, por trabalhadores terceirizados contratados de modo precário, inclusive para o serviço de malotes.
As medidas atingem seriamente as vidas de muitos empregados e de suas famílias, incluindo a obrigatoriedade de transferência do local de trabalho, o que acarretará mudança de residência para outro Estado.
Neste pacote de medidas arbitrárias, o banco também oferece aos seus funcionários a “alternativa” de se desligar da empresa. Deste modo, a direção do Banco do Brasil age de forma totalmente contrária ao discurso oficial do Governo Federal, que diz estar reunindo esforços para reduzir a alarmante taxa de desemprego no País.
Aos trabalhadores com mais de 50 anos “oferece” a possibilidade de aposentadoria antecipada, mais uma vez optando pela redução de custos e substituição de mão-de-obra qualificada pelo serviço terceirizado e precarizado, e tirando do funcionário a possibilidade de continuidade no emprego.
A Direção do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região conta com o seu apoio, cliente e usuário do Banco do Brasil, em mais esta luta da classe trabalhadora.”
Fonte: Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região