(São Paulo) Representantes dos bancários reuniram-se nesta quarta-feira, dia 27, com representantes da Fidelity (antiga Proservvi), uma das maiores empresas que terceirizam serviços bancários no País.
Os representantes dos trabalhadores insistiram mais uma vez na questão do enquadramento de todos os funcionários da empresa como bancários, com acesso a todas as conquistas garantidas à categoria por convenção coletiva.
“Os serviços realizados dentro da Fidelity são de natureza bancária. Há muitos funcionários dos bancos que realizam exatamente as mesmas funções, mas ganham muito mais e têm acesso a uma série de conquistas que os terceirizados não têm”, afirma a diretora do Sindicato de SP, Ana Tércia Sanches.
Além disso, diz Ana, ainda há a questão das horas trabalhadas. “Bancário trabalha seis horas, com piso de R$ 840, fora as conquistas. Na Fidelity, existe um estranho cálculo de 8h48 diárias por cinco dias por semana, com estes 48 minutos servindo como compensação pelo sábado. Mas acontece que o trabalho aos sábados não existe nem nunca existiu no setor bancário. Não aceitamos a jornada de 8 horas e muitos menos de 8h48, que é uma coisa absolutamente sem sentido”, diz Ana.
VA, VR e verbas salariais
Os representantes da Fidelity garantiram para outubro o acerto das verbas salariais e dos valores do vale-refeição e do vale alimentação dos funcionários da Proservvi Bancos. “Era uma briga antiga nossa. Agora queremos saber como vão ficar os retroativos, as perdas dos trabalhadores nesse período em que esses valores ficaram defasados. A empresa não soube responder isso, mas se comprometeu a dar uma resposta para a próxima reunião, dia 20 de outubro”, disse Ana Tércia.
Dias de pico e homologações
Os sindicatos insistiram também na necessidade da contratação dos trabalhadores chamados para prestar serviços nos dias de pico, que não são efetivados na empresa. A empresa ainda não respondeu, mas o RH sinalizou a possibilidade de isto se efetivar.
O atraso nas homologações foi outro problema levantado no encontro. “Tem gente que foi desligada da empresa em junho, mas suas homologações só estão acontecendo agora”, diz Jânio Andrade, assessor do Sindicato. A empresa reconheceu o grave erro e afirmou que agora vai regularizar todos os casos atrasados.
Contraf
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que representa bancários de todo o País, também estava representada no encontro e cobrou a regularização da remuneração de funcionários que trabalham com compensação em outros estados, mas que não tem acesso às conquistas alcançadas pelo pessoal da Proservvi Bancos.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP