“Ficarei mais um pouco com minha filha”, diz funcionária do BB

“Fiquei sabendo da notícia pelo site do Sindicato e fiquei muito feliz por saber que ficarei mais um pouco com minha filha”. Assim a bancária Natália Mesquita Juvenal, da agência Eusébio Matoso do Banco do Brasil, relata o momento em que tomou conhecimento de que ganhou mais dois meses com a filha Joana, que deve nascer na próxima semana.

A ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses foi confirmada em negociação entre Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de São Paulo e a direção do BB na semana passada e é retroativa a 25 de novembro de 2008.

Natália que será mãe pela primeira vez lembra que uma das recomendações de sua médica era de que deveria adiar ao máximo o início do afastamento, justamente para ficar por mais tempo e poder amamentar melhor a Joana. “Trabalhar nos últimos dias de gravidez é muito cansativo. Com essa mudança, as gestantes podem se programar melhor e repousar mais para ter um bom parto. Isso sem contar que poderei amamentar por muito mais tempo”, comemora.

Da mesma opinião é Michelle Bastos Lima, funcionária do BB em São José dos Campos, que está em licença-maternidade desde fevereiro, quando deu à luz Eloah. Por ser seu segundo filho – Enzo, o primogênito, tem 3 anos -, sabe bem a importância de dois meses a mais para cuidar da criança. “Uma das maiores preocupações é manter a amamentação por um tempo mais prolongado. Tive dificuldades em desmamar o Enzo e senti muito essa situação. O problema será bem menor com a Eloah.”

Questionada se o afastamento por 180 dias prejudicará sua carreira, é enfática. “Preocupação existe, ainda mais no ambiente competitivo que se instalou no BB, mas nada se compara a essa tranqüilidade que terei, ficando um pouco mais com minha filha para poder amamentá-la por um período maior”, revela.

Saúde – De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (www.sbp.com.br), que há vários anos defende a ampliação da licença-maternidade, os 180 dias para amamentação previnem o surgimento de doenças comuns nos dois primeiros anos de vida e reduzem o risco de enfermidades do adolescente e do adulto como a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, alergia, doenças coronarianas e algumas formas de câncer, como os linfomas.

Em março, mês das Mulheres, o Sindicato iniciou um grande debate com a sociedade para que todos os bancos ampliem a licença-maternidade. Além disso, deu o exemplo e passou a conceder os 180 dias para as funcionárias gestantes.

“Todos os bancos têm condições de fazer o mesmo. As trabalhadoras merecem ter esse período para ficar com seus filhos”, diz Juvandia Moreira, secretária-geral do Sindicato.

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