A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Nordeste (Fetec/NE) e diretores dos sindicatos de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Campina Grande e Ceará estiveram reunidos com representantes do Bradesco no dia 17/03, na cidade do Recife, para exigir da empresa melhores condições de segurança e o fim da utilização de bancários no transporte de valores, transporte de chaves e abastecimento dos Postos Avançados de Atendimento (PAAs). As discussões se deram com o gerente de RH, Geraldo Grando, e com o Diretor Nacional dos Bancos Postais e PAA, Gerson Gomes.
O Sindicato de Alagoas foi representado no encontro pelos diretores Márcio dos Anjos e Miriam Albuquerque. Eles reclamaram, juntamente com os demais sindicalistas, que um só bancário tem sido responsável por dois ou três PAAs, que faltam vigilantes e câmeras de vídeo nos postos, e que os funcionários passam por constrangimento quando o banco tem de reembolsar despesas com viagens e visitas a clientes.
O diretor do Bradesco prometeu resolver a maior parte dos problemas em um prazo de quinze dias. Já em relação ao transporte de numerário, ele alegou que precisa de mais tempo, porque terá de fazer licitação para contratar empresas transportadoras e o custo será muito alto. Miriam Albuquerque lembrou ao Sr. Gerson Gomes que no ano de 2003, durante audiência na Procuradoria do Trabalho em Alagoas, ele usou este mesmo argumento, e perguntou se seis anos depois ainda não deu tempo de fazer os contratos.
Em Alagoas, o problema foi resolvido graças à vigilância do Sindicato e à atuação da Polícia Federal, que deteve um funcionário em 2003 fazendo o transporte irregular de valores. O banco foi forçado, na época, a contratar uma empresa transportadora. Em 2008, o Bradesco voltou a usar funcionário, mas a PF entrou em ação outra vez exigindo a regularização do serviço. “É preciso ficar de olho. Quando o banco acha que o Sindicato esqueceu do assunto, começa tudo outra vez”, afirma Márcio dos Anjos.
A Fetec/NE vai aguardar os quinze dias de prazo para o banco solucionar os problemas discutidos na reunião do dia 17. Caso não seja resolvido, vai orientar os sindicatos filiados a denunciar as irregularidades na Polícia Federal e na procuradoria do trabalho de cada estado.