Fetec-CN e Seeb Brasília entregam projeto de BRB aos candidatos ao GDF

Proposta para o BRB surgiu de seminário das entidades do funcionalismo

Seguindo o planejamento do projeto ‘Repensando Estrategicamente o BRB: o futuro do BRB quem faz é você’, após as discussões com os grupos focais e o grande seminário ocorrido em 28 de agosto, os representantes das entidades envolvidas na iniciativa – Sindicato dos Bancários de Brasília, Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), BRB Clube – Seguros e Assistência, Associação dos Funcionários Aposentados do BRB (AFA-BRB) e Associação Atlética do BRB (AABR) -, entregaram documento oriundo do seminário aos candidatos a governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT), Jofran Fretat (PR), Luiz Pitiman (PSDB), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Toninho do Psol (Psol).

Clique aqui para ler a carta de apresentação do documento entregue aos candidatos a governador. E aqui para conferir a íntegra do documento ‘Repensando Estrategicamente o BRB’.

Agnelo Queiroz

Na quarta (17), o governador e candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT) recebeu o documento oriundo do seminário ‘Repensando Estrategicamente o BRB’. Na ocasião, os representantes das entidades que promoveram o seminário manifestaram ao candidato a importância estratégica do BRB na execução de políticas públicas no âmbito do DF e região geoeconômica.

Na apresentação do documento, os representantes das entidades ressaltaram o papel importante do governo na manutenção do banco enquanto uma instituição pública, o fortalecimento do banco com a abertura de novas agências, contratações e investimentos na área de Informática, que permanece o maior gargalo operacional do BRB atualmente. Porém, todos foram unânimes em afirmar que a descontinuidade administrativa foi um fato que pesou negativamente na gestão do BRB nos últimos quatro anos.

“A orientação de permanência do BRB público, bem como medidas tomadas neste tempo trouxeram elementos positivos bem marcantes quando comparados àquele momento em que pairava sobre a instituição um futuro incerto.

Porém, há questões importantes ser revistas como uma melhor governança nos órgãos executivos, um empoderamento maior dos funcionários que já estão absolutamente maduros para assumir a presidência do BRB e todas as diretorias, e a incompatibilidade de se trazer diretamente culturas de outros bancos para o BRB. O BRB é único, e sendo assim, deve-se privilegiar seu potencial interno para ditar seus rumos, tomando as responsabilidades por essa maturidade”, afirmou o coordenador-geral do seminário, André Nepomuceno, que também é bancário do BRB.

O governador reconheceu que apesar dos avanços conseguidos e da reafirmação contundente de que o BRB deve ser um banco público, ações devem ser tomadas para aproximar mais o banco do GDF, e torná-lo cada vez mais um instrumento de crédito, negócios, prestação de serviços e de geração de emprego e renda para o DF e região.

Os representantes das entidades afirmaram ainda a importância de o BRB ocupar um espaço carente de uma presença maciça de serviços bancários que é a região Centro-Oeste, como forma de se fortalecer diante de um mercado que se concentra e se torna competitivo cada vez mais.

O governador, por sua vez, afirmou que este é um norte para o banco, se tornar o grande fomentador do desenvolvimento da região, sendo um grande agente repassador de recursos orçamentários da união e do caixa próprio para o desenvolvimento do Centro-Oeste.

“O banco tem potencial, expertise, e pessoal qualificado para crescer e se tornar cada vez mais pujante. Para isso é preciso que o GDF o abrace forte e integralmente, que, com certeza o conjunto de funcionários responderá sempre de forma positiva”, conclui André Nepomuceno.

As entidades patrocinadoras do projeto afirmaram a necessidade de o governador e candidato Agnelo observar o documento como balizador para um futuro governo. Em resposta, Agnelo disse que certamente o documento será uma importante contribuição na discussão sobre o banco.

Agnelo disse ainda que implantaria o membro eleito do Consad ainda na sua atual gestão.

O documento entregue ao governador e candidato Agnelo é a síntese das discussões nos grupos focais e no seminário, ocasião em que funcionários do banco, convidados e palestrantes debateram temas como o BRB e o Sistema Financeiro Nacional, o Papel do BRB no Desenvolvimento Econômico do DF e do Centro-Oeste, BRB e a Tecnologia da Informação e O futuro do BRB: uma visão dos funcionários e aposentados. Ele aponta dificuldades e caminhos possíveis para superação destas, que contribuirão sobremaneira para um futuro próspero para o banco. Tão logo todas as candidaturas ao GDF o recebam, ele será disponibilizado para o conjunto dos funcionários.

Jofran Frejat

Ao receber o documento com propostas provenientes do seminário ‘Repensando Estrategicamente o BRB’, nesta segunda-feira (22), o candidato ao Governo do DF, Jofran Frejat (PR), afirmou categoricamente que não vai privatizar o BRB, caso venha a se eleger governador do DF. Favorável à manutenção do banco público, ele acrescentou que vai trazer o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para cá, com maior volume e capilaridade.

A privatização é vista por Frejat como uma ‘insanidade’. “O BRB é um banco de fomento”, disse, assegurando que depois de ler todo o documento, vai convocar os representantes dos funcionários para, juntos, encontrarem uma solução. “E não é uma questão política, é uma questão de sobrevivência do próprio Distrito Federal”, destacou.

O candidato do PR, que é cliente do banco desde 1966, ano do início das atividades do banco, elogiou a iniciativa dos representantes do BRB e ressaltou: “Se eleito, este documento oferece um bom direcionamento”.

O coordenador-geral do seminário ‘Repensando Estrategicamente o BRB’ e secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, André Nepomuceno, explicou que cinco entidades e o corpo funcional do BRB unificaram forças, numa atitude propositiva, para traçar diretrizes visando a perenidade do banco.

O processo todo foi iniciado em maio e culminou com o seminário, em agosto, onde foram definidas as propostas, apresentadas aos candidatos majoritários ao Governo do DF. A cada um deles foi entregue uma carta de apresentação do documento que contém 30 páginas.

A necessidade de uma gestão profissional continuada e o aprimoramento da tecnologia são as principais reivindicações do corpo funcional e das entidades ligadas ao BRB. “A interrupção de um trabalho em andamento nunca é um fator favorável para o desenvolvimento de uma instituição. E a modernização do sistema gera benefícios para o banco e para a população como um todo, mas tem que haver gestão e planejamento participativos”, observa André Nepomuceno.

Além do coordenador, estiveram presentes na entrega do documento, os representantes das entidades que participaram do processo de elaboração do documento, que são: o presidente do AABR, Marcos Alencar de Araújo; o presidente da AFA-BRB, Luiz de Oliveira; o presidente do Conselho Deliberativo da AFA-BRB, Dorival Fernandes Rodrigues; o presidente do BRB Clube, Pedro Caixeta Júnior; o presidente do Conselho Deliberativo do BRB Clube, Romes Ribeiro, e os diretores do Sindicato Antonio Eustáquio, Daniel de Oliveira e Ronaldo Lustosa.

Pitiman

“Não existe a possibilidade de privatização do BRB”. Esta foi a palavra do candidato ao Governo do DF Luiz Pitiman (PSDB) à comissão de representantes do projeto ‘Repensando Estrategicamente o BRB: o futuro do BRB quem faz é você’ que, nesta segunda-feira (22), fez a entrega do documento, oriundo do seminário, realizado em agosto, que servirá como referência para o debate sobre futuro do banco no novo governo.

Nele constam as propostas definidas durante o seminário, quando os funcionários e cinco entidades ligadas ao BRB se uniram para fazer um balanço e traçar as diretrizes, visando a perenidade da instituição.

Além de se comprometer com a manutenção do BRB, Luiz Pitiman assegurou que, se eleito, vai despolitizar o banco e torná-lo forte. O candidato entende que a retomada do desenvolvimento do DF passa pela instituição, “que tem se ser o banco do Centro-Oeste”.

Na opinião de Pitiman, o BRB poderia ser hoje o maior instrumento de financiamento dos pequenos e médios empreendedores. “É necessário profissionalizar a instituição para torná-la geradora de emprego e renda”.

O coordenador-geral do seminário e secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, André Nepomuceno, ressaltou que um dos maiores trunfos do atual governo foi ter mantido o banco como instituição pública e tirá-lo da ameaça de privatização, como ocorreu em outra gestão.

No entanto, Nepomuceno assinalou o descontentamento das entidades e do corpo de funcionários com a descontinuidade na gestão, que gera instabilidade em cadeia, por várias trocas de presidentes em curto espaço de tempo, a importação impositiva de postura, cultura e aposentados que passaram décadas em outros bancos, bem como a imperiosa necessidade de prover efetiva melhora e modernização da tecnologia da informação do BRB, entre outros.

“Estamos cumprindo nosso objetivo de buscar todas as forças políticas. E todas que venham a somar são bem-vindas. E, após as eleições, vamos acompanhar os desdobramentos”, disse André Nepomuceno.

Participaram do encontro com o candidato Luiz Pitiman, além de André Nepomuceno, o presidente da AABR, Marcos Alencar de Araújo, e o presidente da AFA-BRB, Luiz Oliveira.

Rollemberg

Na sexta (19), os representantes das entidades envolvidas no projeto ‘Repensando estrategicamente o BRB’ entregaram ao senador e candidato a governador do DF Rodrigo Rollemberg (PSB) o documento oriundo do seminário, realizado em 28 de agosto.

Coordenador-geral do projeto e bancário do BRB, André Nepomuceno afirmou a importância da manutenção do BRB enquanto banco público, e a necessidade de diálogo permanente sobre o banco com as instituições que representam o conjunto dos funcionários, as quais se uniram para a consecução deste projeto.

Todos os membros das entidades presentes foram unânimes em apontar a descontinuidade administrativa e a enorme presença de ex-executivos aposentados do Banco do Brasil com a importação de culturas estranhas ao BRB, como desafios a serem superados em um novo governo.

Os representantes das entidades também apontaram o gigantismo da alta administração como uma das distorções presentes no banco e nas suas coligadas, assim como a necessidade de valorização do corpo funcional e profissionalização da gestão. Por fim, apontaram a importância do BRB para a estratégia de desenvolvimento do DF e região.

O senador e candidato Rollemberg disse que tem o compromisso com o BRB público e a necessidade de sua valorização, bem como a valorização também do corpo funcional. Afirmou que em sua gestão a estrutura administrativa do banco e de suas empresas controladas e coligadas será adequada ao porte e necessidade para uma gestão profissional, afastada de ingerências políticas. O candidato disse ainda que, preferencialmente, o BRB deve ter uma presidência ocupada por um funcionário de carreira.

Rollemberg afirmou também que sua proposta de criação de uma agência de fomento em nada colide com o papel do banco. Disse também sobre este assunto que o BRB pode ser o gestor dos recursos a serem destinados para esta agência, visando principalmente o micro e pequeno empreendedor. Ainda sobre o papel de indutor do desenvolvimento, o senador afirmou que buscará para o BRB uma maior relevância na utilização dos recursos oriundos dos fundos constitucionais FCO e FDCO.

Por fim, cobrado sobre sua posição frente à eleição de um funcionário para compor o Conselho de Administração (Consad) do banco, a exemplo do que ocorre na Caixa e no BB, ele afirmou ser absolutamente favorável e que certamente acatará esta reivindicação.

“Todas as entidades presentes foram unânimes em afirmar que foi um debate produtivo com uma postura coerente e assertiva do candidato e senador Rollemberg. Creio que estes debates com os candidatos, pautados pelo documento elaborado a partir do seminário, têm sido e serão frutíferos para se construir um novo e próspero caminho para o BRB. As afirmações positivas em favor de um banco público, com valorização dos funcionários e do papel do banco na excelência financeira e no desenvolvimento do DF e região, ditas pelos candidatos, apontam para a possibilidade de construção de novos tempos para o banco”, destacou André Nepomuceno.

Ainda sobre o encontro com o senador Rollemberg, André afirmou “que o candidato apontou que sendo eleito, terá um diálogo com as instituições representantes do banco, já na transição de governo”.

Toninho do Psol

O documento, fruto do seminário ‘Repensando Estrategicamente o BRB’, foi entregue pelos representantes das entidades que realizaram o projeto ao candidato a governador do DF Toninho do Psol (Psol), na sexta (19). “Se eleito, com certeza, vou manter o BRB um banco público. Eu não o deixaria ser dilapidado”, afirmou. E garantiu: “Eu quero um Estado fortalecido, a instituição com saúde financeira e competindo no mercado”.

Depois de ouvir atentamente os representantes das entidades, Toninho demonstrou simpatia pelas propostas apresentadas no documento, resultante de um processo de várias discussões com os empregados e entidades ligadas ao BRB, iniciadas em maio deste ano. Disse que vai ler o documento com atenção e, se necessário, convocará todos os interessados no desenvolvimento da instituição financeira para um novo debate.

O coordenador-geral do seminário ‘Repensando Estrategicamente o BRB’ e secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, André Nepomuceno, fez uma trajetória de todo o processo para a elaboração do documento. E informou que tudo começou com a percepção da inquietude do corpo funcional.

“Fizemos diversas reuniões com os colegas e as entidades, que culminaram com a realização do seminário, em 28 de agosto, quando foram definidas as propostas a serem apresentadas aos candidatos majoritários ao Governo do DF. Produzido numa atitude propositiva, mas que aponta o que tem de ser modificado, o documento tem por objetivo ser um orientador de melhoria para o governo eleito e a nova diretoria do banco em 2015”, informou André Nepomuceno.

Os principais problemas apresentados no documento são a descontinuidade na gestão, devido a várias trocas de presidentes e diretores em curto espaço de tempo, e a necessidade efetiva de melhorias e modernização da tecnologia da Informática, “a área operacional mais nevrálgica do banco, numa situação complexa, mas que exige gestão”, segundo Nepomuceno. Segundo ele, o BRB precisa de continuidade, de um projeto, de planejamento. “A interrupção de um trabalho em andamento nunca é um fator favorável para o desenvolvimento de uma instituição”, frisou o secretário.

O candidato afirmou que além de manter o banco público, o fará mais estatal. Afirmou ainda que a diretoria e o presidente serão de carreira, após consulta as entidades, sobretudo quanto a um método e critérios para se chegar a um nome para esse último cargo (presidente). Considerou também que o Consad será indicado após conversa com as entidades.

Por fim, afirmou que o banco será de varejo para além do GDF; vai operar fundos púbicos e sobretudo o FCO, e ainda atender efetivamente os pequenos empresários. No encerramento do encontro, o candidato afirmou que encaminhará, de imediato, a constituição da BRB Seguradora (mesmo em parceira com mercado), como medida que ajudará sobremaneira na injeção de capital no BRB.

Enfim, enfatiza a disposição de diálogo com as entidades como método prévio à tomada de soluções.

Conforme previsto no projeto ‘Repensando Estrategicamente o BRB: o futuro do BRB quem faz é você’, os representantes da iniciativa procurarão as duas candidaturas num provável segundo turno. Assim também na transição de governo e, lógico, com o governo eleito e a nova direção da instituição financeira. Aliás, está programada também uma nova etapa do projeto, com a elaboração um novo material para medidas estruturantes que possivelmente deverão ser tomadas ainda no primeiro semestre de 2015.

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