O lançamento da Plataforma da Juventude para as Eleições 2010 realizado na noite de sábado (5) durante o I Festival das Juventudes em Fortaleza, coroou todo o processo construtivo do Festival, marcado pela unidade e participação da diversidade de movimentos juvenis organizados.
Construída de forma coletiva e coordenada pelo Fórum Nacional de Movimentos de Organizações Juvenis (FONAJUVES), a Plataforma é um documento com reivindicações de movimentos e organizações autônomas que visa alterar a realidade vivida pela maioria da Juventude.
“A unificação das mais diversas bandeiras de luta em uma Plataforma é expressão da nossa vontade em avançar rumo às transformações que a juventude e o povo brasileiro precisam. Ela deve ser um instrumento de pressão que contribua para a organização de campanhas nacionais que pautem a ampliação dos direitos juvenis”, ratifica a secretária da Juventude da CUT, Rosana Sousa, presente a mesa de lançamento da Plataforma.
Rosana aproveitou a ocasião para destacar a importância da continuidade, do diálogo com os mais variados setores, instâncias e sindicatos. “E neste sentido que nós, da juventude da CUT, gostaríamos que o FONAJUVES também integrasse a CMS. Hoje, temos organizações importantíssimas que fazem parte da Coordenação, como a CUT, UNE, UBES, Marcha Mundial das Mulheres e isso só fortaleceria a unidade da juventude brasileira.”
Representando o campo internacional, o presidente da Organização Iberoamericana Juventude, Miguel Alejandro Blancas, fez uma breve saudação e ressaltou o orgulho no qual ele sentia por estar participando da atividade. Ele elogiou a atuação dos movimentos de juventude latino-americana e expressou sua vontade em integrar as ações da Organização Iberoamericana com estes movimentos.
O presidente do Conselho Nacional da Juventude e secretário adjunto da Secretaria Nacional da Juventude, Danilo Moreira, ressaltou em sua fala os vários momentos onde as organizações sociais mostraram o seu protagonismo. “Quem participou do processo do Fórum Social Mundial em Belém sabe o simbolismo que foi você ter aqueles presidentes de grandes nações ao lado dos movimentos sociais do mundo inteiro. Eu acho que este simbolismo de certa maneira, reaparece aqui. Este festival é mais um momento de reafirmação de uma geração que criou e fez surgir no Brasil a resistência ao neoliberalismo.”
Antônio Neto, da juventude do MST, lembrou que o lançamento da Plataforma da Juventude estava finalizando uma semana onde os movimentos sociais e sindical construíram e aprovaram a Projeto Nacional e Popular na Assembleia da CMS e a Plataforma da Classe Trabalhadora na Assembleia das Centrais Sindicais demonstrando mais uma vez a capacidade de construir e lutar de forma conjunta.”
Na disputa contra o imperialismo, conforme destaca Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a juventude está tendo uma oportunidade de vivenciar nos dias atuais um mundo que passa por transformações. “Nós precisamos saber que numa disputa contra o imperialismo, como vimos nesta semana o ataque que Israel fez contra o navio humanitário que tentava chegar na Faixa de Gaza, que eles vão continuar se organizando para impedir que as transformações aconteçam no mundo, mas nós temos que ter noção também que tem fortalecido a visão da transformação, o questionamento da juventude por novas mudanças e numa conjuntura como essa é muito importante que a gente possa incluir nossas lutas e conquistar mais direitos.”
Além dos representantes citados acima, a mesa também contou com a participação das seguintes lideranças: Carlos Odas, chefe de gabinete da Secretaria Nacional da Juventude; Lucas Bezerra, coordenador da Pastoral da Juventude regional Ceará; Renata Bhering, do Fórum Estadual da Juventude do Rio de Janeiro; Renata Beatriz, representando a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES); Rogério Chaves, do Movimento Hip-Hop Organizado (MH2O); Louise Félix, da Marcha Mundial das Mulheres; Flávio Vinicius, da Secretaria Municipal de Juventude de Fortaleza; e Gabriel Medina, do FONAJUVES.
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