Quatro homens renderam, na noite de quarta-feira, dia 9, a gerente de uma agência do Banco Real na hora em que a vítima chegava em casa, em Santo André (ABC). O marido, os dois filhos e uma nora dela foram mantidos reféns, sob a mira de revólveres, por quase 15 horas – parte desse tempo num cativeiro com localização não divulgada pela polícia.
Todas as vítimas foram libertadas às 10h30 de quinta-feira, sem o pagamento de resgate. Segundo a polícia, os criminosos libertaram as vítimas ao perceberem que não teriam êxito no sequestro.
Pouco antes, a gerente foi ao banco, seguida por parte da quadrilha, para sacar uma quantia não divulgada pela polícia. Ela entrou no banco sozinha e contou a um colega que estava sendo sequestrada. O próprio banco procurou a polícia.
O bando fugiu com o carro do marido da gerente e dois celulares. Até a conclusão desta edição, ninguém havia sido preso.
O Grupo Santander Brasil, dono do Real, disse para o jornal Agora que não se pronunciaria sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
Chega de insegurança
O funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, cobra o atendimento das reivindicações de segurança de Campanha Nacional dos Bancários 2009 para prevenir assaltos e sequestros e eliminar os riscos a que estão expostos os trabalhadores. “Queremos melhores condições de segurança nas agências e postos e a proibição ao transporte de valores, malotes e da guarda das chaves do cofre e das unidades, dentre outras demandas”, destaca.
Os bancários também reivindicam adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos. “Os vigilantes, que correm o mesmo risco, já fecharam vários acordos com essa conquista em percentuais variados pelo Brasil afora. É uma forma de forçar as empresas a pagar pelos riscos a que submetem os trabalhadores, enquanto não investem na melhoria das instalações para eliminar os riscos cada vez maiores”, ressalta o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.