(Porto Alegre) O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre afirma que o assalto a uma agência do Itaú localizada na Avenida Farrapos, no começo da manhã desta quinta, dia 8, na zona norte da Capital, foi facilitada pela falta de porta-giratória com detector de metais em todos os acessos á agência, que determina lei municipal. Os bancários foram surpreendidos, ao chegar para trabalhar por volta das 7h30, por três assaltantes que estavam dentro da sala de auto-atendimento que funciona 24 horas e que não tinha o equipamento.
Segundo o secretário-geral do Sindicato, Fábio Alves, que esteve no local, a lei municipal determina que sejam colocadas portas-giratórias em todos os acessos externos à agência. O descumprimento da medida sujeita o banco a multa de mais de R$ 10 mil. “Os bancos colocam as portas apenas no acesso interno à agência. Os ladrões se aproveitam. Isso é uma irresponsabilidade das empresas, que querem economizar e colocam em risco a vida das pessoas”, alerta Alves.
O Sindicato foi ao local exigir emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os bancários vítimas na ação dos bandidos. A CAT é prevista em lei e assegura vínculo de futuros traumas com o assalto. “O dano mental pela violência sofrida costuma surgir tempos depois”, justifica o dirigente.
A ocorrência foi a segunda do mês em Porto Alegre e a quinta no Estado, superando outubro, que registrou quatro assaltos no RS. O SindBancários tem cobrado dos órgãos públicos municipais a fiscalização sobre o cumprimento da legislação. Outro item que costuma ser burlado é a instalação de câmeras de vídeo no interior das áreas onde há fluxo de clientes (auto-atendimento e agência). A entidade solicitou ao secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann, que seja ativado o Grupo de Trabalho de Segurança Bancária, mas não obteve resposta até o momento.
Desde abril deste ano, não há reuniões do GT e a insegurança se mantém no setor. “Houve um interesse maior pelo tema quando uma jovem foi morta na Capital em julho. Será que mais alguém tem de morrer para que as autoridades cobrem investimento em segurança pelos bancos?”, questiona o secretário-geral do SindBancários.
Fonte: Seeb Porto Alegre