Falta de informação cria clima de terror nas agências do Itaú

COE cobra esclarecimento dos planos de restruturação e que os atrasos na liberação dos consignados não prejudiquem os funcionários

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu nesta quarta-feira (28) com representantes do banco e cobrou informações sobre os boatos de demissões que criam um clima de terror nas agências. A COE reivindicou que o banco divulgue comunicado para esclarecer que não haverá reestruturação, pelo menos neste ano, conforme dito pelos representantes do Itaú na reunião.

“Cobramos que o banco solte um comunicado definindo sobre o piloto que eles pretendem fazer. A falta de informação está provocando insegurança nos funcionários. O banco precisa esclarecer sobre o que quer com esse novo modelo, no que se refere a cargos”, disse Jair Alves, coordenador da COE do Itaú. Na reunião, o representante do banco informou que este ano não haverá nenhuma restruturação e extinção de cargos e que a partir do ano que vem é que será aplicado um modelo piloto em algumas agências. O detalhamento das mudanças será apresentado em uma nova reunião com a COE, em 10 de novembro.

Banco alega que as promoções que estão ocorrendo dos GOS (Gerentes Operacionais) para GGCS (Gerentes Comerciais) são por mérito e em decorrência da unificação das Diretorias e que não há nenhuma extinção do cargo.

A única mudança foi o congelamento do cargo de agente comercial 2, porém alguns agentes comerciais 1 foram promovidos a GR (Gerente de relacionamento)

Sem informação

A falta de informação por parte do banco foi uma crítica comum feita pelos membros da COE. O representante do banco admitiu que existem problemas de comunicação.

Além de um comunicado sobre a não realização de reestruturação, o banco deve esclarecer aos trabalhadores e à COE o projeto piloto que disseram estar em andamento. Também foi cobrado que o Itaú emita outro comunicado sobre as metas de consignado, que estão comprometidas diante dos atrasos das liberações. O representante do banco informou que os atrasos são da DataPrev, órgão do governo federal. A COE cobrou, então, que os funcionários não sejam prejudicados pelos atrasos e que as dificuldades nas liberações sejam explicadas oficialmente pelo banco.

Horário de atendimento

Outra informação passada pelo representante do banco é de que, por causa de ações do Ministério Público, as agências que fazem atendimento até 14h vão estender o horário até 15h. A COE também cobrou que a vacina contra o novo coronavírus a ser disponibilizada seja garantida pelo banco para todos os funcionários e seus dependentes. O representante do banco disse que a reivindicação da vacina será analisada. Também foi cobrada a retomada do debate sobre plano saúde, incluindo os aposentados.

Também foi levantado pela COE o problema das demissões. “Queremos a retomada da Central de Realocações, que deu certo e conseguimos manter mais de 8 mil empregos com essa central”, declarou Jair Alves. Outro ponto colocado pelos membros da COE foi que o Itaú retome as homologações com os sindicatos.

A COE também aguarda uma resposta sobre a proposta de renovação do Programa Complementar de Resultados (PCR) para a reunião de 10 de novembro. A expectativa da COE é que a renovação do PCR aconteça antes do final do ano.

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