Os executivos de instituições financeiras só poderão receber parte de seus bônus anuais à vista, de acordo com novas regras da União Europeia.
Os governos e parlamentares da UE fecharam ontem 30 acordo para limitar esse tipo de pagamento. As regras devem passar a valer em 2011.
Os executivos passarão a receber no máximo 30% (ou 20% no caso de bônus muito grandes) imediatamente; o resto deve ser pago posteriormente desde que a empresa tenha bom desempenho.
O Parlamento Europeu ainda tem que aprovar as regras, o que deve acontecer na semana que vem.
A questão dos bônus se tornou polêmica depois que grandes bancos do continente receberam bilhões dos governos para não afundar.
Críticos do sistema atual de bônus dizem que eles estimulam executivos a correr riscos que resultam em lucro no curto prazo, mas que podem ser prejudiciais no longo prazo. Cada país vai decidir por quanto tempo os bônus terão que ser deferidos.
Enquanto não os pagam, os bancos terão que guardar os recursos para contingências. Isso significa que, se os bancos precisarem de dinheiro com urgência, terão que usar primeiro essas reservas.
As novas regras também limitam pagamentos “excepcionais” para pensões, tentando evitar os pagamentos demissionais milionários a executivos que contribuíram para afundar empresas.