(Aracajú) Vítima de assédio moral no Unibanco, agência Centro Aracaju (SE), o ex-funcionário Allan Oliveira entrou com uma ação na Justiça e foi bem-sucedido. Recém-contratado pelo banco como gerente de contas, ele teve dificuldade em cumprir as metas consideradas abusivas.
Allan pediu demissão após ter seu estado psicológico e físico comprometido. Ele foi hospitalizado em decorrência dos constantes ataques de assédio moral praticados pela gerente-geral.
O fato chegou a ser denunciado pelo diretor do Sindicato dos Bancários, Adêniton Santana, causando muita movimentação na agência, inclusive foi realizada uma auditoria, porém com pouco resultado. Movido pelo descaso sofrido, o ex-funcionário ingressou na Justiça do Trabalho com um processo e obteve vitória em 1ª Instância.
“Diante do não cumprimento das metas, ele passou por um processo de humilhação no trabalho, sendo considerado como inapto e irresponsável”, diz a sentença da 1ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, do juiz do Trabalho José dos Santos Júnior.
O juiz entendeu que realmente houve assédio moral e acolheu o pedido de indenização por dano moral arbitrado em dez vezes a maior remuneração do funcionário, totalizando R$ 29.583,10.
O bancário pediu demissão com apenas oito meses de trabalho, mas o juiz entendeu que a rescisão ocorreu de forma indireta, e deu todos os direitos ao reclamante. “Defiro os pedidos de pagamento de aviso prévio, indenização da multa de 40% do FGTS, indenização do seguro-desemprego no valor de três cotas”, determinou.
Para Adêniton, o investimento que o banco fez na formação do novo gerente Uniclass, três meses em Salvador com todas as despesas pagas (estada, transporte e curso) foi desperdiçado. “Que fique aqui uma lição para quem usa esta prática perversa e retrógrada. Há pessoas que param no tempo, já dizia o cantor e poeta Cazuza que ‘o tempo não pára'”, destaca ele.
Fonte: Seeb SE