Dois dirigentes sindicais brasileiros, funcionários do Banco do Brasil, estão nos Estados Unidos, durante o mês de maio, para trocar experiências com os colegas do país, além de ajudar na organização dos trabalhadores do setor financeiro.
A ação faz parte da aliança entre a Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CWA (Comunicator Workers of America), o sindicato norte-americano de trabalhadores em comunicação, firmada em dezembro de 2012.
João Fukanaga, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, e Luciana Bagno, do Sindicato de Belo Horizonte , viajaram para conversar com os trabalhadores das agências do Banco do Brasil em Orlando e Miami. “Lá eles podem mostrar aos trabalhadores americanos os direitos conquistados aqui no Brasil, como organização coletiva nacional, além do acordo aditivo com o Banco do Brasil – que garante outros tipos de direitos. E, assim, instigar a vontade de organização sindical”, afirma Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
As reuniões precisam ser realizadas durante a noite, por conta da dificuldade de criar sindicatos, em decorrência da legislação americana. Eles também se encontram com sindicalistas locais e organizações comunitárias.
“Este tipo de estratégia é fundamental para o sindicalismo global, pois um terço dos bancários de todo o mundo estão nos EUA e ainda não estão organizados”, informa Mario Raia. “É um momento que o trabalhador do Banco do Brasil brasileiro fala com os colegas de lá pessoalmente”, completa.
O dirigente da Contraf-CUT revela ainda que o intercâmbio deve se tornar frequente e mais dirigentes sindicais terão a oportunidade de trocar experienciais com os colegas americanos.