Estudo sobre sofrimento no trabalho revela alto índice de suicídios entre bancários

O trabalho pode levar ao suicídio? Muitos suicidas na Ásia e na Europa usam como justificativa a pressão e o excesso para o fato de acabar com a própria vida. A prova disso, hoje, está nos 25 suicídios, só nos últimos 20 meses, ocorridos entre os funcionários da ex-estatal e hoje líder de mercado France Telecom. As cartas de despedida revelam o que vivem os funcionários da maior empresa de telecomunicações da França: “Eu me suicido por causa do meu trabalho na France Telecom. É a única causa.”, escreveu em sua carta de despedida um engenheiro de 48 anos, casado e pai de três filhos.

Outra funcionária, de 32 anos, escreveu ao pai, pouco antes de se jogar da janela do escritório: “O meu chefe não sabe, obviamente, mas serei a 23ª funcionária a se suicidar. Não aceito a nova reorganização do serviço. Vou mudar de chefe e, para passar por aquilo que eu vou passar, prefiro morrer. Deixo no escritório a bolsa com as chaves e o celular. Levo comigo a minha carta de doadora de órgãos, nunca se sabe. Não gostaria que você recebesse uma mensagem desse gênero, mas estou mais do que perdida. Quero-lhe bem, papai”.

A IHU On-Line conversou com o professor Marcelo Finazzi, que pesquisa sofrimento no trabalho e estudos organizacionais críticos sobre o tema. Ele revela que entre os bancários, a incidência de patologias e suicídios tem um grande índice. “A relevância do setor bancário na economia nacional e a sofisticação dos métodos gerenciais dos bancos, os quais passam por reengenharias permanentes nos últimos 20 anos, constituiu-se em valiosa oportunidade para o estudo de como mudanças organizacionais bruscas podem interferir na subjetividade do trabalhador. O suicídio, que talvez seja o ato que melhor traduza o ápice do sofrimento”, apontou ele, que é bacharel e mestre em administração pela Universidade de Brasília.

Confira abaixo a entrevista

IHU On-Line – O que o levou a pesquisar o suicídio motivado pelas condições de trabalho?
Marcelo Finazzi – Durante o início das pesquisas sobre sofrimento no trabalho, tomei contato com relevantes estudos sobre a incidência das mais variadas patologias entre bancários, inclusive algumas descrições gerais sobre uma onda de suicídios na década de 1990.

Paralelamente, soube que a categoria era uma das quais possuía o melhor pacote de benefícios sociais. Essa aparente ambiguidade me intrigou e me senti instigado a aprofundar os estudos. A relevância do setor bancário na economia nacional e a sofisticação dos métodos gerenciais dos bancos, os quais passam por reengenharias permanentes nos últimos 20 anos, constituiu-se em valiosa oportunidade para o estudo de como mudanças organizacionais bruscas podem interferir na subjetividade do trabalhador.

O suicídio, que talvez seja o ato que melhor traduza o ápice do sofrimento, apresentou-se naturalmente como o objeto para a compreensão das relações de trabalho contemporâneas. Para minha surpresa, após aprofundar as leituras, constatei que são raros os estudos que correlacionam organização do trabalho e suicídio.

IHU On-Line – Segundo seus estudos, a ideação suicida [vontade de tirar a própria vida] está associada às pressões no ambiente de trabalho. Que pressões são essas?
Marcelo Finazzi – Na verdade, o suicídio é um fenômeno altamente complexo que depende de inúmeras variáveis. O que fiz foi avaliar se fatores adversos relacionados à organização do trabalho poderia ser um fator – dentre muitos outros – capaz de contribuir para que o trabalhador desenvolvesse pensamentos suicidas e, em casos extremos, vir a cometê-lo.

É importante salientar que a imensa maioria dos trabalhadores, quando submetidos ao sofrimento e se vêem impossibilitados de superá-lo, costuma desenvolver reações menos radicais, como, por exemplo, transtornos musculoesqueléticos, mentais, estomacais, nervosos, cardíacos, reumáticos e dermatológicos.

E quais são essas causas de sofrimento que contribuem para que os sujeitos desenvolvam tais reações? Resumidamente, pressões infindáveis para o cumprimento de metas de produtividade, poucos trabalhadores para muitas tarefas, discrepância entre o trabalho prescrito e o real, condições ergonômicas inadequadas, trabalho fragmentado, além de questões outras que passam ao largo dos objetivos formais da organização, como lideranças narcisistas destrutivas – que são os responsáveis pelas violências do assédio e que agem em nome de seus interesses pessoais, mesmo que ao custo do terror e, paradoxalmente, do decréscimo da produtividade -, redes de poder, ciúmes, inveja, autoritarismo e perseguições gratuitas.

Não podemos esquecer que o medo do desemprego ou de retaliações também abre uma brecha para o sofrimento, pois a capacidade de mobilização dos trabalhadores diminui e, assim, estes acabam aceitando condições laborais mais penosas. Por fim, cabe ressaltar que as reengenharias organizacionais também costumam resultar em enorme sofrimento, pois quase sempre geram demissões, mais trabalho para os que mantêm o emprego e, não raro, desorganização completa da vida pessoal do sujeito.

IHU On-Line – O senhor afirma que, na nova organização do trabalho, o bancário é convidado a ser dono da própria carreira em nome do lucro. Como isso se manifesta?
Marcelo Finazzi – O estudo demonstrou que qualquer pessoa considerada normal está sujeita a passar pelo mesmo processo de perda do equilíbrio que os entrevistados passaram: trabalho vazio ou com pouco significado, cobranças intermináveis por resultados ou, de outra forma, ausência de trabalho, sujeitando o trabalhador à ociosidade, desqualificações sucessivas pelo pouco trabalho feito ou pela impossibilidade de cumprir o excesso de tarefas, relações sociais superficiais e chefias autoritárias. Por mais equilibrada que seja a pessoa, caso não se encontre soluções práticas para livrar-se das causas do sofrimento, seja por meio de uma remoção para outro setor na empresa, seja por meio da troca de emprego ou aposentadoria, a possibilidade de adoecimento é enorme. Alguns somatizam doenças físicas, outros desenvolvem transtornos mentais. De forma extrema, alguns entendem que a vida não merece ser vivida, optando pela radicalização por meio do suicídio.

A perda do equilíbrio se completa pela constatação de que o discurso reiteradamente veiculado nos informativos da organização, impregnados de mensagens de amor à empresa e empregados felizes, contrasta violentamente com a percepção de realidade do trabalhador.

O mundo prático não é feito de afabilidades e, muito menos, da empresa da solicitude, que ampara paternalmente o empregado. O trabalhador, na nova organização do trabalho, é o dono de sua carreira, o único responsável pelos infortúnios que for acometido – afinal, se não estiver satisfeito, que se demita, pois há muitos lá fora querendo a vaga. Quando os entrevistados precisaram das empresas, não encontraram nenhum apoio efetivo.

Paradoxalmente, entretanto, quando ingressaram foram submetidos a intenso processo de assimilação da cultura organizacional como se, a partir de então, fizessem parte de um clube de predestinados. No início, acreditam incondicionalmente no discurso, entregando-se de corpo e alma aos arbítrios das empresas.

O choque com outra realidade – aquela que, além de não ser divulgada, é cuidadosamente encoberta – comuta o sentimento inicial de pertencimento em enganação. A dor moral do assédio se acentua, dessa forma, com a percepção literal de que algo está errado, que os discursos de alegria e felicidade irrestritas talvez estejam apenas no imaginário daqueles que os idealizaram.

IHU On-Line – Na sua avaliação, e a partir dos seus estudos, qual é o fator mais determinante que leva o trabalhador à desestabilização e à perda da vontade de viver?
Marcelo Finazzi – Sem dúvida, a falta de reconhecimento pelo esforço despendido para a realização das tarefas. O trabalho é poderosa fonte de identidade e pertencimento social: o que os sujeitos esperam, no mínimo, é a valorização do que está sendo feito em prol dos objetivos organizacionais. O problema é que, em algumas ocasiões, o sujeito se dedica durante 10, 20, 30 anos, desenvolve laços afetivos com a empresa e, de repente, é convidado a se retirar ou é excluído compulsoriamente, como se toda a dedicação incondicional não tivesse valor algum.

IHU On-Line – É possível traçar características comuns entre aqueles que tomaram essa atitude radical?
Marcelo Finazzi – Sim. Manifesto-me com base nos resultados do meu estudo. Primeiramente, os sujeitos buscaram, de todas as formas, soluções concretas para o alívio da dor. Com o tempo, porém, as oportunidades foram sendo eliminadas, uma a uma, restando poucas opções. Ao mesmo tempo, o processo de assédio – ou outra circunstância causadora do sofrimento – se intensificava na mesma proporção em que procuravam apoio institucional das empresas, que se mostravam incapazes de apresentar qualquer opção prática para resolver os conflitos. Aquela possibilidade antes tão remota, que é a vontade de morrer, começa a ganhar consistência e, na ausência de algo melhor, é a oportunidade que se apresenta para sair do “buraco negro” em que se encontram, dia após dia mais profundo. O apoio médico e psicoterápico adequado, aliado a ações efetivas das organizações para protegê-los dos assédios que vivenciavam, talvez fossem suficientes para que resgatassem a auto-estima e recobrassem a vontade de viver.

O que eles precisavam era de um ambiente de trabalho salutar para o desempenho de suas funções com respeito e satisfação. Não era o simples afastamento para tratamento médico.

A psiquiatrização do problema transferiu para a seara médica problemas da organização do trabalho e de administração deficiente de pessoal. Era mais fácil medicá-los com antidepressivos e ansiolíticos do que corrigir estruturas gerenciais anacrônicas ou punir gerentes autoritários.

O que eles não queriam era ficar em casa, recebendo os salários como esmola. É bem provável que o melhor tratamento era que continuassem trabalhando, com as mentes ocupadas e a sensação das tarefas bem desempenhadas. A morte foi a solução para se livrarem dos constrangimentos diários. É importante salientar que, antes das situações adversas do trabalho, suas condições psicológicas eram normais.

Tinham problemas externos, como qualquer pessoa, mas os administravam sem maiores transtornos. Esse é o ponto crucial das histórias deles: o processo que desencadeou a ideação suicida, culminando na tentativa de morte, relacionou-se com as dificuldades relacionadas com o trabalho.

Tinham insônia ou acordavam inexplicavelmente no meio da madrugada com pensamentos fixos no trabalho. As crises de choro se tornavam compulsivas pelo simples fato de deixarem suas casas em direção ao escritório.

Durante o expediente, as crises também eram frequentes, perdurando noite a dentro. Os domingos eram de grande angústia, justamente porque haveria mais uma semana insuportável para ser vencida.

IHU On-Line – Há casos de trabalhadores que deixaram registros?
Marcelo Finazzi – Sim, há. Temos o conhecimento de bilhetes e contatos telefônicos de despedida previamente às tentativas de suicídio. Cabe salientar, porém, que não há uma regra e, ao contrário do que o senso comum imagina, muitos suicidas preferem não manifestar formalmente os motivos do ato. Na minha pesquisa, por exemplo, os pesquisados que tentaram o suicídio – mas sobreviveram – não deixaram bilhetes de despedida ou qualquer aviso prévio: para que alardear os motivos de um ato cuidadosamente tramado no vazio da solidão? Alguma palavra seria capaz de explicar com precisão o que aquele ato, por si só, representaria? Buscaram ajuda e não encontraram. Não haveria razões para se justificarem perante aqueles que não se importaram com eles, para que os algozes nutrissem compaixão ao menos depois da morte. Nenhum deles parecia demonstrar o sentimento de autopiedade típico de pessoas que simulam a morte.

Eles queriam apenas morrer e ponto final. Um dado importante apareceu na pesquisa: todos manifestaram a vontade de morrer mediante acidente automobilístico e, inclusive, chegaram a planejá-lo. Quantos acidentes, na verdade, não se tratam de morte facilitada?

IHU On-Line – O senhor considera que os seus estudos permitem um paralelo com o que está acontecendo na France Telecom? É possível identificar causas comuns?
Marcelo Finazzi – O grande problema das organizações contemporâneas, incluindo a France Telecom, é que as reestruturações são conduzidas na base da força e da coação, sem diálogo. É óbvio que mudanças são imprescindíveis: curiosamente, entretanto, pensam-se nos resultados financeiros, no lucro dos acionistas, mas as necessidades das pessoas são negligenciadas – justamente aquelas que cinicamente são chamadas de colaboradores ou consideradas o maior ativo. Na minha pesquisa, ficou bastante nítido que a onda de suicídios de bancários, na década de 1990, tem características distintas dos suicídios dos anos 2000. Na primeira fase, os suicídios – quando puderam ser vinculados ao contexto do trabalho – relacionaram-se com as transformações radicais do setor em intervalo muito curto de tempo. Sucessivos planos de desligamento, com demissões contínuas, em bancos públicos e privados, criaram pânico na categoria. Por exemplo, apenas no segundo semestre de 1996, foram cortadas quase 150 mil vagas no setor.

Os suicidas da primeira fase são aqueles que sucumbem ao terror psicológico de ter que ostentar felicidade, mesmo sabendo que, no dia seguinte, poderiam figurar na próxima lista de demitidos ou de serem removidos compulsoriamente para outros cargos ou cidades. São aqueles que efetivamente foram vítimas das reestruturações, pois perdiam os cargos, os empregos e, sobretudo, a esperança. É o suicídio decorrente da incredulidade frente ao radicalismo da situação, no curto prazo, da ruptura de relações trabalhistas estáveis, do rompimento dos vínculos afetivos para um estado de caos permanente. Os suicídios da segunda fase, ou seja, a partir dos anos 2000, externalizam as consequências negativas, no longo prazo, das mudanças estruturais introduzidas com as reengenharias nos métodos de produção. O trabalho se torna fardo pesado, pois, o fator custo restringe a contratação de novos trabalhadores, sobrecarregando os pouco existentes.

Os que ficam são compelidos a trabalhar mal, na medida em que são obrigados a desempenhar múltiplas tarefas, com velocidade crescente, sujeitando-se a erros. Além disso, os assédios se disseminam como práticas comuns para fazer com que os trabalhadores produzam cada vez mais ou, de outra forma, como mecanismo de pressão para eliminar os indesejáveis. O medo é utilizado como estratégia de intimidação, pois, o contingente de reserva, que são os desempregados, pressiona aqueles que estão empregados a se sujeitarem a condições laborais precárias. É assim que o sofrimento do trabalhador gradativamente aumenta, conduzindo-o ao desenvolvimento das mais variadas patologias e transtornos mentais, à medida que os mecanismos de defesa empregados para aliviar o sofrimento vão sendo um a um eliminados. O adoecimento e, de forma extrema, o suicídio, tornam-se fenômenos endêmicos.

IHU On-Line – É possível afirmar que o cotidiano do trabalhador bancário é de sofrimento?
Marcelo Finazzi – Seriam precisos estudos bastante aprofundados para fazer-se tal generalização. Conheço muitos bancários que são orgulhosos por pertencerem à categoria, manifestam satisfação no trabalho desempenhado e se julgam realizados profissionalmente.

Muitos pesquisadores estão se debruçando para que as organizações façam do trabalho – essa fonte poderosa para emancipação das pessoas, tanto do ponto de vista financeiro quanto social – indutor de prazer, não de sofrimento. Infelizmente, entretanto, muitas empresas têm empregado o sofrimento como mecanismo para o aumento de produtividade ou redução de custos, adotando a truculência dessa lógica como instrumento gerencial. Um exemplo: explorar psicologicamente o medo de desemprego ou de retaliações para que o sujeito trabalhe além da jornada regulamentar ou cumpra as metas de produção – as quais, não raro, são atingidas com base em artifícios escusos ou mediante aumento potencial de falha humana. Falha essa, aliás, que o trabalhador também será penalizado caso vier a cometê-la.

Outros administradores, que possuem fragilidade de caráter ou personalidade perversa, apropriam-se do poder que estão investidos para perseguir gratuitamente os desafetos. O que posso afirmar é que, para um número crescente de pessoas, lotadas em empresas dos mais diversos setores econômicos, o trabalho tem sido um fardo que somente suportam porque precisam sobreviver.

IHU On-Line – Os sindicatos dos bancários têm colocado em pauta esse tema?
Marcelo Finazzi – O suicídio, de forma específica, somente esteve em pauta nos anos 1990, por conta de uma onda de suicídios na categoria. Houve audiências no Congresso Nacional para tratar do assunto, inclusive, com ampla repercussão dos casos na mídia. Posteriormente, o tema caiu no esquecimento, mas perdurou no imaginário dos bancários: é interessante que, em conversas com trabalhadores mais antigos, todos conhecem alguma morte. Por outro lado, tenho observado, por meio da leitura dos informativos editados pelos sindicatos, que tais entidades estão empenhadas em denunciar práticas gerenciais degradantes e alertar a categoria sobre os malefícios dos assédios, além de disponibilizar assessoria especializada em segurança e saúde no trabalho.

IHU On-Line – O senhor tem conhecimento de evidências de altas taxas de suicídios em outras categorias de trabalhadores?
Marcelo Finazzi – No Brasil, encontrei somente um único estudo sobre o suicídio no contexto do trabalho. No Japão, por exemplo, o assunto é muito pesquisado, e há evidências significativas, publicadas em respeitados periódicos científicos, de que os métodos de gestão empregados por lá, os quais inspiraram (e ainda inspiram) as reestruturações produtivas mundo afora, têm sido diretamente associados a ocorrências de desordens mentais e suicídio de trabalhadores japoneses. Principais causas: falências de empresas, programas de demissão e trabalho sob condições severas. Cabe ressaltar, porém, que muitos pesquisadores brasileiros têm estudado os efeitos deletérios da organização do trabalho sob a subjetividade do trabalhador, evidenciando práticas gerenciais perniciosas nos mais variados formatos organizacionais.

Destaco, por exemplo, aqueles que se dedicam à psicodinâmica do trabalho, à sociologia clínica, aos estudos organizacionais críticos e à saúde do trabalhador. De forma prática, estudar o suicídio é tarefa árdua. Estudar o suicídio, no contexto do trabalho, é ainda mais difícil: as bases de dados oficiais não são muito confiáveis; os dados com relativo nível de confiabilidade restringem-se aos anos recentes; há sérios problemas de subnotificação de suicídios; familiares e amigos têm vergonha ou repulsa de falar sobre o assunto – que é tabu em nossa sociedade; em muitas empresas, o trabalhador é demitido ao primeiro sinal de distúrbios físico ou mental, e as terceirizações diluem o tamanho das categorias profissionais. Por fim, as empresas costumam esconder as ocorrências ou, quando isso não é possível, fazem o possível para minimizá-las, atribuindo os óbitos a problemas pessoais do falecido, distúrbios psiquiátricos ou, em última instância, fazem comparações epidemiológicas absurdamente descabidas entre as taxas de suicídio da empresa e… do país! Categorias de trabalhadores potencialmente sujeitas ao sofrimento são daqueles setores muito competitivos: eu apostaria pesquisar os trabalhadores das empresas de telecomunicações brasileiras, incluindo aqueles que perderam os seus empregos. É possível que os resultados sejam assustadores.

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