(São Paulo) O professor universitário Luiz Fernando Carceroni acusou o jornal O Estado de S. Paulo de manipular dados sobre a criação de empregos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Num texto chamado "O Estadão distorce" – que também foi encaminhado ao jornal paulista, por e-mail -, Carceroni diz que o veículo se torna "escravo da opção partidária de seus donos".
Leia a íntegra do texto.
O Estadão distorce
É falso o título da matéria veiculada no Estadão hoje (24/12/2006): "Governo Lula criou 2,464 milhões de empregos em 4 anos".
Além disso, o conteúdo do texto também é truncado. Ele mistura a opinião do jornal ao texto do estudo e a opinião de um consultor, em frases pinçadas a gosto. E claro, como sempre não ouviu a opinião do ministro da área. É uma distorção grave e proposital.
A pesquisa de emprego se refere a apenas 6 (seis) regiões metropolitanas. O resto do país não está computado, ao contrário do que o título exprime. Além do que, este aumento do emprego é recorde histórico nestas regiões.
Ao final apresenta-se um projeção de 8 (oito) milhões de empregos criados no país, com negativas de sua possibilidade.
Entretanto, as gigantes metropolitanas estão perdendo terreno no bolo da economia nacional. Outras regiões estão mais dinâmicas e crescem mais inclusive nos empregos. O artigo do IPEA fala nisto. Entretanto, foi tudo omitido. Qual o motivo desta desinformação?
O Estadão confirma a cada dia seu péssimo exemplo de jornalismo. O Estadão deixou de ser fiel aos fatos e notícias. Tornou-se escravo da opção partidária de seus donos. Será que acham que é tudo bem dissimulado?
Luiz Fernando Carceroni
Fonte: Site Vermelho