(São Paulo) Esta quarta-feira, dia 23, será um dia recheado de protestos e manifestações. A CUT e as demais centrais sindicais convocaram uma ampla mobilização dos trabalhadores que vão protestar, em todo o Brasil, contra a emenda 3. Os bancários do Banco do Brasil vão aproveitar a data e engrossar a mobilização, colocando também na pauta do dia a resistência ao pacote da diretoria do BB que prejudica os funcionários.
“O plano de reestruturação prevê demissões, terceirização e precarização do trabalho. O BB ignora seu papel de banco público que cabe à instituição e retoma a trágica estratégia que marcou a década de 90 no banco. Por isso os funcionários do BB devem participar em peso das manifestações propostas pelos sindicatos nesta quarta-feira. Vamos mostrar todo o nosso repúdio a esta medida, já conhecida como pacote de maldades”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O Dia de Luta dos bancários do Banco do Brasil acontece no mesmo dia em que a Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realiza audiência pública para debater o Plano de Reestruturação do Banco do Brasil. Os autores do pedido foram os deputados Daniel Almeida, Pompeu de Mattos e Tarcísio Zimmermann.
“A Contraf-CUT estará lá e vamos mostrar que o pacote de medidas divulgado pelo BB em 7 de maio prejudica os trabalhadores”, disse William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT.
Contra a emenda 3
Além dos bancários do BB, os colegas dos demais bancos também vão protestar nesta quarta-feira, engrossando o coro dos trabalhadores contra a emenda 3. O objetivo é pressionar o Congresso Nacional para manter o veto do presidente Lula contra esta medida.
“Esta é uma luta importante, porque se a emenda 3 for mantida os trabalhadores vão perder direitos como 13º salário, férias, PLR e muitos outros serão jogados no lixo. São direitos que conquistamos com muita luta e não podemos perder por causa de uma canetada da direita, disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Além do combate à emenda 3, o movimento também lutará pela retirada do PLP 001/07, pela retirada de qualquer proposta que ataque o direito de greve do servidor público e pela Previdência Social pública e universal, com inclusão dos trabalhadores que estão fora da cobertura do sistema e manutenção dos direitos atuais. Também estará em pauta a reforma agrária e política agrícola que valorize o trabalhador rural, a educação pública de qualidade e a redução do superávit primário e direcionamento de mais recursos para políticas públicas.
Fonte: Contraf-CUT
