O Estado de S.Paulo
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, defendeu ontem (29) sua agenda reformista para fazer frente à profunda crise que vive o país, enquanto em dezenas de cidades da Espanha aconteciam manifestações contra os cortes em serviços públicos de saúde e educação.
Rajoy anunciou que, a cada sexta-feira, o Conselho de Ministros deve seguir aprovando novas medidas “mais positivas, necessárias e obrigatórias do que nunca”, embora tenha advertido que essas ações podem demorar para mudar a situação espanhola, com uma economia em recessão e um setor bancário no foco dos mercados.
“As reformas continuarão a cada sexta-feira”, disse o primeiro-ministro neste domingo, no encerramento do congresso de seu partido, o Partido Popular, em Madri. “Estamos trabalhando para inverter a situação. Vamos fazer, mas digo a vocês que vai custar… É uma agenda reformista convertida no ponto de partida da Espanha de amanhã.”
Protestos. Enquanto o primeiro-ministro espanhol fazia esses anúncios, milhares de pessoas protestavam nas ruas de cidades como Madri contra os cortes anunciados em setores como saúde e educação.
Pelas contas do governo espanhol, esses cortes devem gerar uma economia de 7 bilhões e 3 bilhões, respectivamente, a fim de reduzir drasticamente o déficit do país em dois anos.