Em reunião realizada no dia (4), representantes de entidades sindicais que compõem o Comitê Estadual de Defesa da Caixa (SP) se reuniram para debater formas de mobilizar os trabalhadores e denunciar à sociedade a entrega da concessão da loteria instantânea à iniciativa privada.
As loterias são uma concessão pública que, atualmente, é explorada exclusivamente pela Caixa. Em 2016, dos R$ 12,8 bilhões arrecadados, R$ 6 bilhões, ou 45% do total, foram repassados diretamente à programas sociais, como o financiamento estudantil (Fies), o Fundo Nacional de Cultura, o Fundo Nacional da Saúde, a Seguridade Social, o esporte nacional e o Fundo Penitenciário Nacional. Na loteria instantânea após a privatização, o percentual que será repassado, de acordo com o governo, será de 16,7%, quase dois terços a menos.
O leilão parte da estratégia de privatização do governo Temer, que já atingiu empresas como a Liquigas, BR Distribuidora e ameaça a Eletrobrás, estava previsto para ocorrer em 14 de junho, foi adiado para 04 de julho. Os grupos interessados têm até o dia 25 de junho para apresentarem suas propostas.
Pelas regras impostas, empresas estrangeiras deverão disputar a concessão, já que é necessário comprovar experiência na área e a Caixa já anunciou que não deve concorrer. O valor da proposta mínima, de R$ 542 milhões, representa 3,76% do valor do contrato previsto em edital, de R$ 14,4 bilhões.