(São Paulo) Representes sindicais de empresas públicas paulistas, dentre os quais bancários da Nossa Caixa, participaram de audiência na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), na quarta-feira (10/10), com a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT). Da audiência, resultou um plano de ação, com vistas a intensificar a luta contra a retomada, pelo governo do Estado de SP, do processo de privatização de empresas estaduais.
A idéia é reforçar o Comitê em Defesa das Estatais contra Privatização, bem como a realização de protestos em frente às sedes das estatais, com participação de todas as categorias envolvidas, cujo calendário deve ser definido em reunião das lideranças sindicais, na próxima terça-feira (16), na Quadra dos Bancários de SP (a confirmar).
Além desses protestos, está previsto um ato maior para 30 de outubro, num ponto central de São Paulo, mais provavelmente na av. Paulista.
As lideranças sindicais também devem priorizar a participação nas audiências públicas regionais, que a Alesp promoverá, entre 22 de outubro e 27 de novembro, para discuir o orçamento do Estado para 2008.
O plano de ação engloba ainda elaboração de uma de “marca” para a campanha, com estratégias de comunicação, criação de um site, articulações com líderes comunitários e partidos políticos, assim como realização de abaixo-assinado em defesa das empresas públicas, de jornais e de uma carta denúncia à população, a ser assinada pelos sindicatos, centrais, parlamentares e demais envolvidos, para distribuição conjunta em estações do Metrô, bancos e locais de grande circulação.
Conforme entendimento na audiência na Alesp, o ato realizado no início da semana, em frente à sede da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, foi bastante positivo. “Com a manifestação, pautamos a questão na grande imprensa e forçamos o governador Serra a dar uma resposta para a sociedade, embora a abertura dos envelopes dos candidatos para fazer a avaliação econômica-financeira das estatais tenha sido mantida”, afirma o diretor de Bancos Estaduais da FETEC/CUT-SP, Elias Maalouf.
Segundo o dirigente, o vencedor para fazer a avaliação econômica-financeira foi o banco Fator, tendo sido suspensa temporariamente a abertura dos envelopes dos concorrentes para fazer a modelagem para venda. “Essa etapa pode ocorrer a qualquer momento, exigindo do movimento sindical atenção redobrada, já que a idéia é realizar um novo ato na data de abertura dos envelopes restantes”, antecipa Maalouf.
Nos planos do governo, são 18 as empresas na mira da privatização, as quais foram divididas em três grupos, conforme potencial de venda e valor de mercado.
Grupo 1:
– Nossa Caixa;
– Sabesp;
– A energética, Cesp.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que negocia ações dessas empresas, estima o patrimônio somado de R$ 25 bilhões.
Grupo 2:
– Metrô;
– Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo – CDHU;
– Companhia Paulista de Trens Metropolitano – CPTM;
– Desenvolvimento Rodoviário S.A. – Dersa;
– Empresa Metropolitana de Água e Energia S.A. – Emae;
– Companhia de Seguros do Estado de São Paulo – Cosesp.
Grupo 3:
– Companhia Paulista de Parcerias – CPP;
– Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb;
– Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Prodesp;
– Imprensa Oficial do Estado de S.A. – Imesp;
– Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP;
– Companhia Paulista de Obras e Serviços – CPOS;
– Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo – IPT;
– Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo – Codasp;
– Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. – Emplasa
Fonte: Fetec-SP
