Enrolação marca segunda rodada de negociação com Banco da Amazônia

O segundo dia de negociação específica da Campanha 2013, ocorrido na terça-feira (3) entre as entidades sindicais e o Banco da Amazônia, em Belém, foi de enrolação. “Fomos claros na entrega da minuta que a nossa disposição era negociar a fundo toda a pauta dos empregados do Banco da Amazônia, mas infelizmente o banco adota a mesma tática dos anos anteriores. Nossa saída será intensificar as mobilizações para reverter o quadro de inércia da diretoria do banco”, avalia a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Na minuta entregue ao banco no mês passado, as entidades sindicais reivindicaram, para os planos de previdência do funcionalismo, a reabertura dos planos saldados para novas adesões. O banco informou que é possível a reabertura, mas ressaltou os trâmites para o processo que envolve a Capaf, Previc e o Ministério do Planejamento; e também reafirmou a necessidade de mais adesões.

As entidades afirmaram que irão intensificar a mobilização dos trabalhadores para reverter a enrolação na mesa de negociação com o banco. Já em relação ao plano Prev Amazônia, as entidades exigem as mesmas garantias dos serviços passados para as novas adesões; porém o banco negou.

Reembolso do plano de saúde: o Banco da Amazônia informou que a tabela será reajustada, mas que ainda analisa qual a forma a ser adotada para o ressarcimento, e assim que tiver uma resposta deve informar às entidades;

Comissão de Segurança Bancária: o banco disse que já existe uma comissão interna que trata o assunto e vai analisar a possibilidade de as entidades sindicais também fazerem parte da comissão;

Programa de qualidade de vida: as entidades reforçaram a necessidade de também contribuírem com o programa. O banco ainda avalia o pedido para dar uma resposta;

Ponto eletrônico: as entidades sindicais mais uma vez ressaltaram que o Banco da Amazônia adotou um sistema de ponto eletrônico próprio, sem a concordância das entidades, conforme determina a Portaria 373 do Ministério do Trabalho e Emprego. O banco disse que aguarda uma reunião com a diretoria de TI para discutir o assunto.

Outros pontos

O banco reiterou a possibilidade de eleição direta para o Comir e as entidades destacaram que a composição dos membros tem que ser paritária.

Já em relação à isonomia na jornada de 6h, o banco manteve a mesma posição. As entidades reiteraram que cerca de 200 bancários, dos 3.200, não foram contemplados com o cumprimento do intervalo de 15 minutos dentro da jornada de 6h; o que demonstra total falta de razoabilidade do banco em tratar o assunto.

Para os temas pendentes, lateralidade; abono assiduidade de 5 para 10 dias; adicional de tempo de serviço, o banco disse não para todos os itens.

Ao final do segundo dia de negociação, o Banco da Amazônia reiterou que as cláusulas econômicas serão tratadas mediante a apresentação da proposta global que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a ser apresentada nesta quinta-feira (5), em São Paulo.

Nesta sexta (6) há uma possibilidade, ainda a ser confirmada, de uma rodada específica com o Banco da Amazônia para discutir as questões econômicas da minuta específica.

“Enquanto isso, o Sindicato intensifica as mobilizações junto à base, informando como andam as negociações regionais e nacionais e a importância de nesse momento fortalecerem a luta contra a enrolação e a intransigência dos banqueiros que visam tão somente os lucros em detrimento do trabalhador”, afirma o vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade.

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