(São Paulo) Aconteceu na sede do Sindicato de SP nesta quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, o 1º Encontro Nacional sobre a Mulher Trabalhadora do Ramo Financeiro. Arlene Montanari, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT e organizadora do encontro, comemorou a participação de representantes de praticamente todos os estados brasileiros. “Foram aprovadas mais de 20 iniciativas para reforçar a participação feminina no movimento sindical, em especial no ramo financeiro”, diz.
Entre as iniciativas mais importantes, ela destaca a criação de cursos específicos para formação de dirigentes sindicais do sexo feminino. “Temos que preparar um número cada vez maior de sindicalistas aptas a discutir de igual para igual não apenas gênero, mas temas econômicos, remuneração, planos de previdência, saúde, emprego, enfim, tudo que abrange o universo do trabalhador”, afirma.
Na avaliação da dirigente, é preciso trabalhar para aumentar a participação das mulheres no movimento sindical. “O mínimo de 30% de mulheres exigido nas chapas acabou virando teto. Isso quando conseguem preencher esse percentual. Em muitos casos são menos de 10%, seja por desinteresse, seja pela falta de mulheres preparadas para assumir a função. Precisamos, antes de qualquer coisa, descobrir a razão para essa distorção.” Uma das formas para conseguir mudar essa realidade seria, na opinião da secretária, pautar a questão com mais freqüência nos meios de comunicação dos sindicatos.
Durante o evento, que foi organizado pela Contraf-CUT, o Sindicato de SP e Fetec-CUT/SP, foram definidas ainda propostas a serem levadas à II Conferencia Nacional de Políticas para Mulheres, que acontece no mês de agosto em Brasília.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP