Bancários alagoanos preparam participação no 24º Congresso Nacional
O Sindicato dos Bancários de Alagoas promoveu na quarta-feira (15) um encontro com os funcionários do Banco do Brasil, em Maceió, para debater assuntos de interesse dos trabalhadores, como as demandas para as negociações específicas com o BB. O evento aconteceu na sede da Superintendência e contou com a participação de várias lideranças sindicais.
O encontro contou com a participação do vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza. Entre os temas abordados estiveram o 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que acontece neste final de semana, o novo Plano de Funções imposto pelo banco, e a consulta que está sendo feita com os bancários para a Campanha Nacional 2013.
Funcionário do BB e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários, Carlos de Souza fez um histórico sobre as relações trabalhistas, sindicais e mercadológicas do BB nos últimos anos, com destaque para a gestão atual.
Ele ressaltou a profunda mudança ocorrida na instituição, que abandonou o conceito de banco público para se tornar o banco da competitividade. “Temos uma gestão hoje que busca se equiparar ao mercado, equiparar-se a Bradesco e Itaú, inclusive em suas práticas. Algumas dessas práticas são piores do que as adotadas pelos bancos privados”, lamentou.
O dirigente da Contraf-CUT referia-se não só a busca incessante do BB pelo lucro, mas à política de relacionamento com os trabalhadores e os sindicatos. Segundo Carlos de Souza, o banco adotou a lógica de não negociar e promover a competitividade interna. “O BB hoje é o único banco em que o trabalhador não pode adoecer porque, se ficar de licença médica, o gerente pode descomissioná-lo. Tem funcionário escondendo doença para não ser prejudicado na remuneração”, afirmou.
O novo plano de funções, segundo o dirigente da Contraf-CUT, foi outra fórmula adotada pelo banco para reduzir direitos e conquistas. “O plano começou reduzindo o salário de todo mundo”, enfatizou. “E os direitos e as conquistas”, completou ele, “foram frutos de muita luta dos trabalhadores e das suas entidades, não concessões feitas pela empresa”.
O presidente do Sindicato, Jairo França, também ressaltou esse aspecto, e conclamou os funcionários do BB a se engajar na luta para defender o que conseguiram com muito sacrifício. “Estamos de olho também na reestruturação anunciada pelo BNB. Não vamos admitir que os trabalhadores saiam prejudicados da mudança de estratégia adotada pelo banco”, concluiu.
Além de reunir os funcionários do BB, o Sindicato também realizou na terça-feira (14) um encontro com empregados do Banco do Nordeste, que contou igualmente com a presença do vice-presidente da Contraf-CUT.