Foi encontrado o corpo do dirigente sindical colombiano Guillermo Rivera Fuquene. O dirigente estava desaparecido desde o dia 22 de abril, quando foi detido ilegalmente pela polícia.
Um grupo de organizações políticas, sociais e políticas colombianas divulgou texto repudiando o “crime de Estado cometido contra o dirigente sindical e político”. Segundo o texto, uma busca urgente foi instaurada logo após o desaparecimento pela Unidade de Direitos Humanos da Fiscalização (equivalente ao Ministério Público no Brasil), mas se mostrou ineficaz. No dia 24 de abril, o corpo de Guillermo foi encontrado no povoado de Ibagué, estrangulado e com evidentes marcas de tortura. Apesar dos mecanismos de que dispõe a Fiscalização para comparar os indigentes com os desaparecidos políticos, o dirigente foi sepultado como indigente. Apenas recentemente seu corpo foi encontrado e reconhecido.
“A Fiscalização até agora não explicou porque depois de quase três meses de desaparecimento se deram conta de que se tratava do cadáver de Guillermo Rivera”, afirma o documento. “Cremos que isso tinha como objetivo asegurar a impunidade, como tem sido constantes nas violações dos direitos humanos e especialmente nos casos de desaparição forçada”, acusa.
O texto conclui denunciando a responsabilidade do governo de Álvaro Uribe pelo assassinato de mais de 600 dirigentes sindicais, sociais e populares, especialmente no período 2002-2007, e pelo assassinato de 28 dirigentes sindicais apenas em 2008.
A Contraf/CUT se solidariza com os companheiros colombianos, submetidos a uma situação insustentável de violação constante dos direitos humanos e da liberdade de organizaçaõ sindical.