(São Paulo) O número de empregos com carteira assinada cresceu 0,38% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram gerados 105.468 empregos formais.
Em números absolutos é o segundo melhor resultado para o mês, na série histórica que começou em janeiro de 1992, só perdendo para janeiro de 2005, quando foram criadas 115.972 vagas.
Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o resultado é bastante satisfatório, olhando o histórico do Caged. “Esperamos que esse seja acompanhado por fevereiro, março, abril e assim sucessivamente, para que possamos de fato estar numa rota de crescimento”.
Nos 12 meses fechados em janeiro, foram geradas 1.247.538 oportunidades de trabalho, um aumento de 4,7% em relação ao período anterior.
Os setores de atividade que mais contribuíram para o resultado foram a indústria de transformação, com alta de 0,60%; os serviços, com aumento de 0,43% e agropecuária, com mais 1,20%.
O ministro disse que é preciso aguardar o quadrimestre (até abril) para fazer projeções mais concretas sobre o crescimento do emprego em 2007. “Mas a expectativa é de que tenhamos assegurado o patamar da ordem de 1,2 milhão, para cima, no saldo do ano”.
Em São Paulo
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve o melhor resultado para meses de janeiro e fechou em 14,4%. O menor índice registrado no período havia sido em janeiro de 1997: 13,9%. Na comparação com dezembro de 2006 (14,2%), no entanto, o nível cresceu 0,2 ponto percentual.
Nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo a taxa de desocupação de mão de obra chegou a 14,4% da população economicamente ativa, que soma 10,089 milhões de pessoas. Isto significa quem em janeiro estavam sem emprego 1,456 milhão de pessoas. Fazem parte da população economicamente ativa todas as pessoas com idade a partir de 10 anos que estão trabalhando ou à procura de trabalho.
Mesmo com o bom desempenho de janeiro, o nível de ocupação recuou em 0,8%, depois de seis meses de alta, com o corte de 67 mil vagas. O setor de serviços foi o que mais eliminou postos de trabalho, com 79 mil empregados a menos, e a indústria fechou 31 mil vagas. O comércio contratou 33 mil pessoas e, no agregado outros setores (serviços de embaixada, representações oficiais e políticas e não-especificados), houve ampliação de 10 mil postos de trabalho.
Os dados são da pesquisa realizada em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e o Sistema Estadual de Análise de Dados (Sead).
Fonte: Seeb SP