O aniversário de 149 anos da Caixa Econômica Federal, comemorado no dia 12, foi marcado por protestos em todo país. O objetivo da manifestação é pressionar a direção do banco para atender às reivindicações aprovadas no encontro nacional de dirigentes sindicais realizado no final do ano passado.
Em São Paulo, a manifestação se concentrou no prédio da São Joaquim onde trabalham cerca de 350 bancários. Os empregados desceram até o saguão do prédio para ouvir os informes sobre os problemas do Plano de Cargo Comissionado (PCC) que está sendo tratado de forma unilateral, ou seja, sem a participação dos trabalhadores.
No Plano de Funções Gratificadas (PFG), reformulado pela Caixa, constam itens como a redução de jornada com a diminuição de salário, manutenção de jornada de oito horas para funções de gestão e jornada aberta para chefes de unidade, retaliação nas regras de transição (exclusão de quem não saldou o REG/Replan), entre outros problemas.
O protesto foi finalizado com a leitura de um manifesto que repudia a atitude da direção do banco.
O empregado Maurício Grego avaliou a manifestação como um importante passo para a construção de um processo de mobilização permanente. “Esse protesto foi essencial para mostrar para a direção da Caixa que os empregados estão engajados na luta. Nossos desafios são enormes para uma negociação satisfatória”, afirma o empregado que foi eleito recentemente como delegado sindical da unidade.
O diretor do Sindicato e empregado da Caixa Eduardo Nunes lembra que o banco divulgou um comunicado para tentar confundir e desmobilizar os trabalhadores. O informe diz que o plano está em fase de finalização e que as negociações com as entidades representantes estão em andamento.
“A direção da Caixa já sabe que os empregados não vão aceitar a redução de jornada com a diminuição de salário, entre outros absurdos. Portanto, com mentiras o banco não vai conseguir desmobilizar os empregados”, afirma o dirigente sindical.