Os empregados da Caixa Econômica Federal promoveram ato contra o processo de reestruturação nesta terça, 29 de junho, no Dia Nacional de Luta. Em Porto Alegre, as atividades aconteceram em frente ao prédio da rua Marcílio Dias, no bairro Menino Deus, um dos setores mais afetados pela medida imposta pela direção da empresa.
Com as manifestações, os empregados e vários diretores do SindBancários, incluindo o presidente Juberlei Baes Bacelo, reafirmaram sua contrariedade com a direção da empresa, que implementou a reestruturação sem diálogo, democracia e transparência que se deseja de uma empresa pública comprometida com o desenvolvimento do país. Não há e nem foi aberto diálogo com os bancários e nem com o movimento sindical.
“Estamos aqui protestando neste Dia de Luta. Há um clima de insatisfação e insegurança entre os empregados da empresa, que se negou a conversar com os envolvidos. Queremos que nossa opinião seja levada em consideração e não que o processo seja imposto de forma autoritária”, afirmou o diretor do SindBancários e empregado da Caixa, Jaílson Prodes.
“Nesta atividade do Dia de Luta, queremos mostrar nossa insatisfação com a forma nada democrática com que a Caixa impôs a reestruturação. Um empresa pública, que trabalha para o desenvolvimento do Brasil, não pode ter um processo às escuras e sem diálogo. Toda esta situação está provocando pânico nos empregados em relação ao seu futuro profissional”, acrescentou a diretora Rachel Weber, também empregada da Caixa.
O diretor de Formação do SindBancários, Ronaldo Zeni, foi convidado para falar sobre semelhante situação ocorrida no Banco do Brasil, de onde é funcionário. “Vocês devem estar conscientes de que o processo vai acontecer e que poderá atingir a todos. Por isso é importante fazer a luta para manter a segurança de vida e da carreira profissional. Somente com mobilização e união poderemos avançar”, apontou o dirigente.
Por fim, Juberlei chamou a todos para se unirem na luta para resistir e impedir este tipo de atitude da Caixa, autoritária e sem diálogo. “Mais do que lutar contra a reestruturação, é a batalha por democracia na Caixa. Uma empresa pública que fomenta o desenvolvimento do Brasil, não pode dispensar um tratamento truculento ao conjunto de seus empregados”, observou.
O presidente do Sindicato disse ainda que a empresa ameaça com redução de salários, por conta da redução da jornada de oito para seis horas. “A luta agora é para barrar o processo de reestruturação, mas também queremos avançar nos direitos e nas condições de trabalho. Para a Campanha Salarial que se aproxima, vamos para a mesa de negociação especifica cobrar um PCS (Plano de Cargos e Salários), isonomia, salários e PLR justos para todos”, completou Juberlei.
Negociação
Nesta quarta-feira, dia 30, em Brasília, a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) retomam o processo de negociações permanentes com a Caixa. O objetivo é dar prosseguimento aos debates sobre temas como o Plano de Funções Gratificadas (PFG). O diretor Francisco de Assis Magalhães, o Chico, representa os gaúchos no encontro.