Empregados da Caixa no Espírito Santo aderem em peso ao dia de luta

Os empregados da Caixa Econômica Federal no Espírito Santo aderiram em peso ao Dia de Luta contra a reestruturação imposta pelo banco e em protesto à falta de iniciativas do banco em garantir a isonomia de tratamento entre os funcionários admitidos antes e após 1998.

Os diretores do Sindicato percorreram as unidades RERET, GICOP, GIRET Vitória e Vila Velha e GISUT para divulgar o calendário de lutas, que inclui a paralisação das atividades no dia 29 de junho. Nessas unidades foram realizadas reuniões para discutir a importância de aumentar a mobilização, levando o debate sobre a reestruturação para as agências e setores de retaguarda.

“Em todos os departamentos, o sentimento é de luto, pois a Caixa está enterrando seu próprio Código de Ética ao fazer uma reestruturação sem transparência e sem respeito aos empregados. As pessoas estão dispostas a ir à luta. Faremos uma greve vigorosa no dia 29 por nossos direitos”, avaliou a diretora do Sindicato Rita Lima.

Segundo Hudson Ruela, empregado da GISUT, o clima é de apreensão na unidade, que deverá fechar as portas no próximo dia 30. “Ontem (terça), o clima ficou horrível aqui. Todos os temporários foram demitidos. Os colegas que estão há mais de 20 anos com a gente vão para um lado e para outro. A Caixa investiu muito nesses funcionários e eles estão sendo transferidos para lugares em que não vão exercer suas competências. É uma pena ver essa equipe se desmontando”, afirmou.

“Tenho 20 anos de Caixa e a empresa nunca me deu nada de graça. Tudo que eu consegui foi na greve. Por isso vamos à luta”, afirmou João Luís Ramos Silva, empregado da GICOP.

Comissão de reestruturação

Em reunião com os superintendentes da CEF no Estado realizada no início do mês, o Sindicato solicitou que sejam feitos contatos com os gestores dos setores envolvidos para garantir que os empregados escolham os representantes de cada local de trabalho que vão compor a comissão que vai tratar das realocações e dos problemas decorrentes da reestruturação. Conforme orientado pela Matriz, as comissões serão compostas por representantes dos setores e das superintendências.

Isonomia

O protesto dessa quarta também foi contra a falta de iniciativas do banco em garantir a isonomia de tratamento entre os funcionários admitidos antes e após 1998. A mobilização continua nesta sexta-feira, dia 18, quando todos os empregados devem usar a camiseta da campanha “2010: o ano da isonomia”.

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