O povo brasileiro vive momentos de insegurança desde que o atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, assumiu a direção do banco. No sábado (13), ele declarou ao jornal Estado de S. Paulo que “a Caixa não será privatizada na atual gestão do presidente”, contrapondo informações publicadas nas redes sociais.
Porém, a afirmação foi feita um dia depois dele mesmo dizer que a instituição já enviou a bancos de investimentos as chamadas “RFPs” – pedidos de propostas, na sigla em inglês. O que significa que Caixa deu início ao processo de escolha dos bancos de investimentos que vão coordenar a oferta inicial de ações (IPO) de sua empresa de seguridade.
Segundo o jornal Valor Econômico, a instituição vai receber em dez dias as propostas dos interessados em participar da operação, prevista para o segundo semestre.
“Não podemos confiar na palavra do presidente. Ele diz que não vai privatizar, um dia depois de anunciar o início do processo de IPO. Está claro que ele quer ludibriar os empregados, com afirmações mentirosas. Nós defendemos a Caixa 100% publica por completo, sem o fatiamento das diversas empresas que a compõe”, disse Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
“Quando se fala em ampliação do controle social nas empresas públicas é preciso ter em mente a transparência e a democratização, não a venda do patrimônio, que é de todos os brasileiros”, avaliou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e conselheira do Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano. “Vamos prosseguir mobilizados para tentar evitar essa e outras vendas”, destaca a coordenadora do comitê.