Empregados da Caixa do Ceará fazem ato contra política de reestruturação

Indignação. É o sentimento dos empregados da Caixa com a reestruturação anunciada semana passada pela empresa, que pegou de surpresa os bancários e causou revolta em muitos, principalmente pelo modo como a direção do banco está tratando os bancários, com quase nenhuma informação.

Os empregados da Caixa no Ceará fizeram na última quinta-feira, dia 18 de março, uma grande manifestação no Edifício Sede, no Centro de Fortaleza. Na ocasião, deram um abraço simbólico no prédio, onde funcionam setores fundamentais à política da Caixa.

Esteve em pauta, durante o protesto, a falta de comunicação sobre como será essa mudança na vida profissional dos empregados. Foram feitas extinções de setores e os empregados não sabem para onde irão. E pior, cada um tem que sair à procura de unidade para sua lotação.

Essa mudança brusca e arbitrária na vida dos empregados foi motivo de muitos protestos dos diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará durante o ato do dia 18/3, no Edifício Sede. Segundo o diretor Marcos Saraiva, “é um desrespeito aos bancários, pois essa reestruturação pode significar uma redução de até 40% nos salários dos trabalhadores. Queremos ser tratados com dignidade, respeito e transparência”.

A reestruturação anunciada pela Caixa é tão profunda que prevê até mudança de cidade para os empregados, quando será paga uma ajuda de custo de duas Remunerações Base, sem limitação, pagamento das despesas com mudanças, para o empregado e seus dependentes e cinco dias de trânsito consecutivos com frequência livre, a ser utilizado em até 365 dias e pagamento de 60 dias de hospedagem em hotel. Essa informação é da direção da Caixa, em Circular Interna distribuída com os empregados.

Para o diretor do Seeb/CE, Laércio Alencar “é importante a mobilização dos empregados nesse momento, para combater a política nefasta da direção da Caixa”. Ele denunciou a postura da presidente da empresa, Maria Fernanda, que está traindo o ideário de luta da categoria. Carlos Rogério, diretor do Sindicato, enfatiza que “a reestruturação não respeita o ser humano, pois não diz como será a mudança e para onde ele vai. Todo processo está sendo feito de forma arbitrária, sem negociação ou conhecimento do movimento sindical”.

Finalmente, o empregado da Caixa, John Kennedy, afirmou que “essa reestruturação mexe com a vida dos empregados, especialmente financeiramente. Temos que resistir e protestar, enviando emails mostrando nossa indignação à direção da Caixa. É o conjunto que faz a ação. Nosso protesto é principalmente pela forma como está sendo conduzido esse processo, sem transparência e sem negociação com os legítimos representantes dos trabalhadores”.

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