A falta de revisão do equacionamento da Funcef tem preocupado os participantes. Isso porque, a resolução do CNPC 30, que permite que a fundação reduza as contribuições mensais do equacionamento, antigo pleito dos participantes, completou 15 meses sem nenhuma posição da Funcef.
Em dezembro do ano passado, após um ano dizendo que estava fazendo estudos, a Funcef anunciou que precisava fazer estudos complementares aos estudos feitos. A última comunicação, não oficial, da fundação, diz que o Conselho Deliberativo suspendeu o processo de análise da aplicação da revisão. Enquanto isso, os participantes não tiveram acesso a nenhum estudo, nenhum documento, nenhuma resposta.
A Funcef aproveita que os participantes estão imersos em problemas de ordem financeira, como a incerteza sobre o desconto da primeira parcela do 13º sobre o valor do equacionamento e o cancelamento do convênio com o INSS para, mais uma vez, desviar o foco da questão urgente que atinge 62 mil participantes das modalidades Saldado e Não Saldado do Reg/Replan.
“A Funcef precisa implementar a revisão do equacionamento. O momento é agora. Em dezembro, os participantes já ficaram apreensivos com o rosco de ficar sem o 13º. Não podemos brincar dessa forma com a situação financeira dos aposentados”, disse o vice-presidente da Fenae e secretário de Finanças da Contraf-CUT, Sérgio Takemoto. Preocupados com a demora para a decisão, os representantes dos empregados da Caixa foram à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) entender se havia algum impedimento que justificasse essa demora, foram até a Funcef conversar com o presidente, Renato Villela, lançaram um abaixo-assinado no intuito de sensibilizar a Fundação para a situação e continuam a cobrar uma posição. A Funcef empurrou para o primeiro semestre desse ano a implementação da CNPC 30, mas ainda não apresentou nenhuma solução.