Bancários de todo o país realizaram manifestações, nesta terça-feira (17), nas agências e departamentos administrativos da Caixa Econômica Federal. Os protestos ocorreram devido ao não avanço das negociações com o banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde das empregadas e empregados do banco, o Saúde Caixa. A vigência do atual acordo se encerra em dezembro.
“A Caixa vem endurecendo as negociações e não se posiciona quanto à exclusão do teto de custeio do plano pelo banco, definido no estatuto da Caixa em 6,5% da folha de pagamentos”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho que discute soluções para o plano de saúde, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pior do que isso, o banco não apresenta propostas para o Saúde Caixa e se nega a negociar outras pautas enquanto não há acerto para o acordo do plano de saúde”, criticou Fabiana, ao acrescentar que, apesar de não apresentar propostas, o banco vem trazendo números que sugerem o estabelecimento da cobrança por faixa etária.
“Isso é um ataque aos princípios da solidariedade e ao pacto intergeracional do Saúde Caixa, que foi criado de forma que todos possam ter acesso ao plano, até à aposentadoria. A cobrança por faixa etária transforma o Saúde Caixa em mais um plano de mercado, inacessível aos aposentados”, explicou a coordenadora da CEE.
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Cor de luta
As empregadas e empregados, da ativa e aposentados, foram orientados a utilizarem roupas brancas nesta terça-feira e a tirarem fotos da manifestação para serem compartilhadas nas redes sociais.
Os sindicatos distribuíram um boletim explicando a situação do Saúde Caixa, das negociações para a renovação do acordo coletivos e dos riscos que os empregados correm se a Caixa insistir na manutenção do teto de custeio e na solução por meio da cobrança de mensalidades de acordo com a faixa etária.
“Isso vai expurgar do plano todos os aposentados e os empregados da ativa mais idosos, assim como aqueles que ganham menos. E, com uma carteira menor, não vai demorar muito para que os valores fiquem mais altos também para os mais novos e que ganham mais, inviabilizando o plano para o conjunto dos trabalhadores. Será fim do Saúde Caixa e a abertura para a entrada de empresas de saúde privada”, afirmou a coordenadora da CEE.
A luta continua
Os trabalhadores continuarão com as manifestações até que a Caixa resolva apresentar uma proposta viável para os trabalhadores. Um novo Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa já está pré-agendado para o dia 30 de outubro.