Depois de diversas denúncias, o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) cobrou coerência do INSS no momento da realização das perícias médicas dos bancários, durante reunião realizada na quinta-feira (25), na Gerência Regional do INSS em Rondônia, em Porto Velho,.
Os diretores sindicais José Pinheiro (presidente), Ivone Colombo (saúde), Clemilson Farias (imprensa), juntamente com a advogada Karoline Monteiro, retrataram aos representantes do INSS que nos últimos 18 meses os trabalhadores acometidos de doença ocupacional, que já tiveram, inclusive, o reconhecimento de auxílio-acidente (B-91) de trabalho por parte do próprio INSS, ao passar pela perícia novamente, o INSS volta atrás e diz que o caso é auxílio-doença (B-31).
“Queremos que o INSS tenha uma atenção redobrada com o histórico de cada um dos bancários que passam pelas perícias, para que assim possa fazer um diagnóstico correto e justo e não comprometa os trabalhadores e seus direitos”, avaliou a secretária de Saúde do Sindicato, Ivone Colombo.
O INSS prometeu reavaliar, dentro do próprio sistema do órgão, cada um dos casos onde o trabalhador, na primeira perícia, teve diagnóstico de
B-91 (auxílio-acidente) mas, numa segunda avaliação, teve o diagnóstico de B-31 (auxílio-doença).
O INSS disse que vai se reunir com os peritos médicos para orientá-los a redobrar a atenção no momento das avaliações de seus segurados, especialmente os bancários, que compõem uma das categorias de trabalhadores que mais é afetada por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais como LER/DORT e doenças psíquicas.
CAT BUROCRÁTICA
Os sindicalistas reclamaram ainda que alguns peritos não estão aceitando as CAT’s (Comunicação de Acidente de Trabalho) que são assinadas pelo SEEB-RO, sob a alegação de que somente o banco empregador é que poderia assinar o documento.
“Mas está na lei que o próprio segurado pode fazer a abertura da CAT e, além do banco e do médico, o Sindicato também tem autonomia para assiná-la. Portanto, exigimos que este tipo de impedimento injustificado seja cessado e que, assim, o procedimento seja menos burocrático e exaustivo para um trabalhador que já está com sua saúde comprometida”, acrescentou José Pinheiro, presidente do Sindicato.