Em resposta às propostas desrespeitosas dos banqueiros nas mesas de negociação, que além de serem insuficientes nas cláusulas econômicas e sequer mencionarem qualquer uma das cláusulas sociais (emprego, segurança, saúde, igualdade de oportunidades…), os bancários de Rondônia também aderiram à mobilização que aconteceu simultaneamente em todo o país e, na manhã desta sexta-feira, 10/8, fizeram protestos em diversos municípios do Estado com o retardamento da abertura das agências, a fim de levar aos clientes, usuários e população em geral o sentimento de revolta da categoria com tanto descaso e deboche por parte dos representantes do setor que, com ou sem crise econômica, mais lucra no Brasil.
Agências de bancos públicos e privados das regionais de Ariquemes (2), Jaru (1), Rolim de Moura (3), Cacoal (1) e Ji-Paraná (1) tiveram o atendimento ao público retardado por algumas horas.
Em Porto Velho, onde está concentrado o maior número de agências, os protestos aconteceram nas duas agências do Santander, no Bradesco (Carlos Gomes e Prudente de Moraes), no Banco do Brasil (Presidente Dutra, Jatuarana, Centro, PAB da Prefeitura), no Itaú Centro e na agência Madeira-Mamoré, da Caixa Econômica Federal, onde os empregados se uniram aos dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e esclareceram os motivos da paralisação.
“Foram inúmeras as tentativas de solucionar nossa campanha nas mesas de negociação, mas os bancos se mostraram, até o momento, determinados a não acatar nossas reivindicações (aumento real de salário, valorização no piso salarial, garantia de emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades…), a não garantir o nosso emprego, e nem mesmo a assegurar os direitos que já conquistamos com tantos anos de luta. Não vamos aceitar o retrocesso que os bancos querem impor à nossa Convenção Coletiva de Trabalho aplicando a famigerada reforma trabalhista e vamos continuar firmes na busca de mais conquistas.
Nossa luta é ainda para que os bancos abram mais agências e contratem mais funcionários, para dar um melhor atendimento ao público e contribuam com o desenvolvimento social. Portanto, esse é um aviso aos banqueiros e a todos os poderosos, de que os trabalhadores não aceitarão qualquer tentativa de retirada de direitos, extinção de postos de trabalho, de terceirização e de desvalorização profissional”, avaliou José Pinheiro, presidente do Sindicato.
BASTA!
Em todo o país os bancários se uniram a outros milhares de trabalhadores de diversos segmentos profissionais, num ato nacional que luta contra o desemprego, a retirada de direito (amplamente promovida com a reforma trabalhista), aumento nos preços do gás de cozinha e combustíveis e contra as privatizações.
“É um dia que reúne todos os trabalhadores brasileiros, e nós, bancários, precisamos mostrar ao setor mais lucrativo do país, que nós não estamos pedindo nada que eles não possam dar, e que merecemos sim uma proposta decente e a garantia de emprego, saúde, segurança, melhores condições de trabalho, respeito, reconhecimento e valorização”, concluiu o dirigente.